terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Viva!

Olá, amáveis senhoritas e nobres companheiros, assíduos leitores do Jornalistas do Hawaii. Tudo bem com vocês? Um sujeito aí, amigo meu o infeliz, cobrou-me pelo fato de eu não ter desejado Feliz Natal na postagem da semana passada. Desculpe. Atrasado vale? Que o homem do saco vermelho possa penetrar profundamente no buraco de sua chaminé, trazendo um peru bem grande e bolas para comemorar. Que a pomba branca da paz penetre em seu interior e te rasgue de alegria e felicidade. Satisfeito?
Finalmente, finalmente, último post meu do ano. Eita. Nem sei o que escrever. Vejamos, serei breve hoje. Vamos às dicas, e já me despeço. Bebida: Acho que falei dela em minha primeira participação nesse blog: Cerveja Czechvar. 5% álcool, o exemplo de como uma boa pilsen deve ser. A cor é dourada, com espumatização adequada, até quando gelada. O colarinho é facilmente formado com cremosidade. O aroma é autolítico, de pão e fermento, como deve ser uma pilsen. E, à boca, um paladar persistente e com um bom corpo. Moda: Tenha o seu estilo, a sua marca. Se te der na idéia de usar camisa rosa choque e tênis baixo, use! Que se lasque a opinião alheia! Música: Ouça o melhor disco dos Engenheiros, quer dizer, o que eu acho melhor: O Papa é Pop, 1990.
Por fim, os meus votos de Feliz Ano Novo. Nesses dias, todo mundo te desejará Paz, Saúde, Prosperidade, Amor... Isso é bom, claro! Mas eu te desejo com toda a força que você realmente viva! Viva intensamente, fazendo o que te deixa feliz! Arrisque, viva, caia, levante! Bom 2009 para nós. No mais, sem mais. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Status Quo - "Quo"


Cabelo, jeans, e heavy blues. Esse é o trinômio que define o grupo de rock inglês Status Quo. A banda, que começou nos anos 60 tocando pop psicodélico – aquele típico da segunda metade de tal década – se revoltou contra essa sonoridade e as imposições da gravadora, partindo para o rockão seco e baseado no blues que a consagrou. E então, devidamente cabeludos e enjaquetados, lançaram alguns discos clássicos muito admirados pelos dinossauros do rock mundo afora.

É um disco esquecido, porém, o alvo da minha resenha de hoje. Não sei se devo me referir a ele como esquecido ou como subestimado, na verdade. E nem sei se minha admiração por ele dá-se mais por uma nostalgia muito pessoal que pela qualidade do álbum em si. Trata-se, enfim, do “Quo”, de 1974.

Conheci o LP no comecinho da minha pré-adolescência, no saudoso ano 2000, se não me engano. Aconteceu que, quando meus avós resolveram mandar o toca discos pro conserto, a família se reuniu para tirar a poeira dos antigos bolachões, relembrando a infância ainda contida naqueles sulcos furados. Entre célebres discos do Carequinha, Arca de Noé, e afins, encontrava-se uma peça um tanto diferenciada: um álbum que trazia em sua capa uma árvore psicodélica, cujo tronco dava origem às cabeças de quatro sujeitos cabeludos. As raízes da árvore formavam, em uma tonalidade cinzenta, a palavra “Quo”. “Esse é pauleira”, comentou meu tio, atiçando, é claro minha curiosidade. O riff introdutório não me soou pauleira o bastante e, após alguns minutos, passamos para o próximo disco.

Foi na manhã seguinte, porém, que recolocando a agulha sobre o castigado vinil, aquele som me bateu forte aos ouvidos, e eu sucumbi, profundamente, ao som das terças e quintas daqueles acordes de rock n` roll. Aquele som me preencheu e me satisfez de forma espetacular. Foi um daqueles momentos em que se redescobre o rock. “É isso que eu vou tocar quando eu tiver uma banda”, pensei. E fui pra casa, obstinado em comprar aquele álbum em CD, tarefa que só consegui cumprir em 2007, na Galeria do Rock – e com muito suor.

O “Quo” é, na verdade, resultado de um período conturbado na história da banda, em que o baixista Alan Lancaster e o guitarrista Rick Parfitt confrontaram os principais compositores da turma, Francis Rossi e Bob Young, tomando, então, as rédeas do novo álbum e compondo 5 das 8 faixas contidas no mesmo, sendo que uma das 8, “Break the Rules”, é uma composição de todos os membros da banda. Tal mudança permitiu um novo sabor à sonoridade do conjunto, resultando em um fantástico disco de honesto rock n`roll. Essa mudança talvez seja o motivo da indiferença da maioria dos admiradores do Status Quo em relação ao disco. Por outro lado, é essa sonoridade que me laçou irremediavelmente quase uma década atrás.

O disco começa com a sensacional “Backwater”, talvez minha preferida de todo o repertório do grupo, e seu especialíssimo riff de abertura, desembocando nos velhos e tão conhecidos acordes de rock. A bateria e o baixo martelam forte, aumentando a potencia e a virilidade sonora do trecho. Sem pedir licença, uma passagem plácida e reconfortante é executada, ganhando força e volume até explodir, novamente, em um rock n` roll enérgico. Os vocais encaixam-se perfeitamente ao restante da obra, coroando esse espetacular e delicioso som.

“Just Take Me” emenda-se na faixa anterior, abrindo com uma sessão de percussão muito gostosa. A música possui melodia agressiva e um solo de guitarra sensacional, acompanhado apenas pela percussão e, depois, por uma guitarra base muito ritmada e picada. Que espetáculo!

A próxima canção, “Break the Rules”, transporta-nos a uma espelunca em um lugar qualquer na Inglaterra. A faixa é pura fanfarronice, com aquele pianinho que sempre vai muito bem, obrigado, quando o assunto é rock n` roll, sem falar da gaita, que arremata toda a farra sonora.

“Drifting Away” e seu riff infernal fecham em grande estilo o lado A do LP. Os vocais, mais uma vez, são sensacionais.

Vire o disco e prepare-se, pois este guarda uma agradabilíssima surpresa logo de início: a visceral “Don`t Think It Matters”. Mais um espetacular riff de guitarra para a coleção do álbum. Tal riff caberia perfeitamente em qualquer disco do Sabbath ou qualquer grande banda de hard rock – quase heavy metal – da década de 70. Eu realmente não entendo como uma música assim pode ser negligenciada pelos fãs da banda... que lástima. De qualquer maneira, uma faixa que consegue se destacar num álbum de tanta qualidade só pode ser uma baita musica.

“Fine, Fine, Fine”, a mais fraca do disco, ironicamente é uma das únicas feitas pelos compositores veteranos da banda, Rossi e Young.

Que pérola é “Lonely Man”! A única balada do álbum possui enorme força e beleza, tendo como base um delicioso violão, acompanhado, mais adiante, pelos outros instrumentos. A musica possui bela melodia e um solo de guitarra poderoso. Outro ponto de destaque da obra!

O disco termina com outra composição da dupla Rossi e Young, “Slow Train”, a mais longa do álbum, com 7 minutos e 54 segundos de duração. A faixa, como era de se esperar, tem mais a ver com a sonoridade usual do Status Quo – digo, a sonoridade da banda fora desse disco peculiar – com um rock ainda mais vintage. Com todo o respeito aos dois músicos, que já tomaram frente de fabulosos álbuns, como o bem mais aclamado “Piledriver”, “Slow Train” também não está entre minhas favoritas do disco. É, ainda sim, um rock responsa e de qualidade.

E a capa... Pô, esta fala por si só!!!


Haig Berberian

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal.

Um dia diferente e especial para postar, véspera de natal. O assunto ta curto tanto quanto a programação da TV o jeito é falar sobre o natal, todos aguardando ansiosamente pela ceia e para abrir os presentes se é que ganharam ou ganharão presentes. Muitos degustaram algum dos vinhos indicados pelo Monta’s, outros vão de cerveja mesmo. Natal data que celebra o nascimento de Jesus. Os cristãos em sua maioria respeitam muito essa data e a celebram em família, já outros o consideram como mais um feriado no calendário, um dia a mais para sair e festejar de outras maneiras. Visto de outra visão o Natal pode ser considerado por alguns uma influência Norte-Americana nas demais culturas, pelos tipos de árvores e enfeites utilizados para decorar as casas, muitos ainda dizem que a cor vermelha utilizada pelo Papai Noel é coisa de uma tal marca de refrigerantes que estará na mesa de muitos. Bom cada um tem sua opinião e pensam da maneira que quiser. Logo o que importa é se sentir bem nesse dia, pois seja uma festa religiosa, apenas mais um feriado ou uma influência Norte-America, o Natal sensibiliza as pessoas a ajudar outros que necessitem. Feliz Natal e Paz para todos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Obrigado, obrigado!

Salve companheiras queridas e nobres usuários do blog heterossexual mais versátil da blogosfera goianiense. Faço minhas as palavras do Gil. Vale tudo, só não vale... Deixa quieto. Versatilidade é mato. Penúltimo post meu do ano. Ui. O ano já chega ao fim e a nossa vidinha medíocre e sem sal de sempre parece não ter mudado muita coisa. Aliás, mudou sim. O ano, em si, valeu o ingresso e as duas latinhas.
Titia Dercy faleceu em 2008... Fiquei comovido. Mas, convenhamos, já estava na hora. E, não fiquemos tristes, ela já regressou, já está novamente entre nós. Está na pele da menina monstro do SBT. Lembra do Alexandre Nardoni? É, aquela mistura, fisicamente falando, do Mascherano e Valdívia? Pois é. Foi espetacular ver aquele mala ser preso e Cabañas metendo gol no Flamengo no mesmo dia. Delícia. Flamengo que só me deu alegrias nesse ano. Levou ripa na Libertadores e não conseguiu chegar entre os quatro no Brasileirão... Ah, como é bom ver o Flamengo se ferrar. Gol do América.
Caso Eloá. Sabe o que ela mudou na minha vida? O mesmo que na sua. Porcaria nenhuma. Isso mesmo. Não sejamos hipócritas. No dia em que ela faleceu, abri meu msn, tinha umas 17 pessoas com a frase “Luto Eloá”. Putz. Você conhecia ela? Não? Rá. Dercy, Nardoni, Eloá... papo besta, não? Mudemos de assunto. Quer dicas?
Ótima dica pra você que vai passar o Natal sozinho: Descasque um limão e o parta em quatro; jogue as quatro partes em um copo; cubra o limão com açúcar. Logo após esmague o fruto misturando com o açúcar. Encha o copo com gelo e complete com Velho Barreiro. Não existe festa sem graça, nem poeta sem cachaça! Beba, beba muito. Mas só se estiver sozinho. Dica de moda: não vomite em sua própria camisa. Chame o Raul, o Hugo e o Juca no Gordinho. No mais, Matanza!

Eu me despeço de todos vocês
Muitos aqui não verei outra vez
Fora o inverno e o tempo ruim
Eu não sei o que espera por mim
Mas pouco importa o que venha a ser
Se eu tiver um dia a quem dizer

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor.

Chega. Na verdade, eu queria mesmo é agradecer. Aos que fizeram meu ano valer. Obrigado, obrigado. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Yes - "Close to the Edge"


Assim como Machado de Assis está para o Realismo; Picasso, para o Cubismo; Bach, para o Barroco; está o Yes para o Rock Progressivo. Assim como todo gênio – ou, no caso, grupo de geniais músicos -, a banda também possui sua magnum opus, e seu nome é “Close to the Edge”. Talvez a hermética concha que é o movimento Progressivo nunca tenha produzido uma pérola de tamanha perfeição, tão equilibrada, tão bela. A imaginação e magia contidas nessa obra são impressionantes, justificando o amor dispensado a ela por tantos proggers mundo afora.

Sinceramente, acho que o ano de 1972 tinha algo diferente em sua atmosfera, alguma substancia no ar – não; não me refiro à maconha ou a nenhuma outra substância ilícita, pois estas já estavam presentes antes e continuam presentes hoje. Obras fantásticas encontraram solo fértil naqueles 365 dias para poderem florecer, e com estes cinco rapazes ingleses não foi diferente. Aqui, Jon Anderson, Rick Wakeman, Steve Howe, Chris Squire e Bill Bruford realmente se superaram, produzindo a obra que serviu de referência para diversos outros artistas da época e dos atuais dias. O Yes, com certeza, foi uma das bandas mais influentes do movimento Progressivo, e suas características estão concentradas no álbum em questão.

Já devo avisar que o álbum soará bastante estranho a ouvidos desacostumados, regra que vale para a maioria das obras Progressivas, mas, ainda assim, vale experimentar. O disco tem uma outra característica muito comum em álbuns do gênero e que causa estranhamento aos ouvintes iniciantes: a pouca quantidade de músicas que, em compensação, são obras de longo fôlego. A faixa título possui 18 minutos e 37 segundos; a segunda faixa, 10 minutos e 09 segundos; e a terceira e última faixa, 8 minutos e 57 segundos.

Vamos à análise. O álbum, produzido por Eddie Offord juntamente com a banda, inicia-se com a faixa que talvez possa ostentar o título de melhor suíte Progressiva de todos os tempos, a magnífica “Close to the Edge”. Sua introdução peculiar soará como um caminhão cuja carroceria está cheia de instrumentos musicais se colidindo – como já li uma vez – para marinheiros de primeira viagem, mas trata-se na verdade de um trecho de grande complexidade sonora, passando depois para o tema principal da canção. O baixo de Squire mostra-se inquieto e soberbo, sempre com seu estilo inconfundível. As melodias excepcionais transportam-nos diretamente para o interior de uma floresta verde e úmida, passando por riachos e pássaros cantantes – como na introdução. A guitarra de Howe também exerce papel de grande importância, juntamente com a voz cristalina de Anderson, os teclados virtuosos de Wakeman e a bateria quebrada de Bruford. Que deleite! Após um trecho inspiradíssimo e bastante erudito, um momento delicioso nos espera. É a sessão “I Get Up, I Get Down”, ainda parte da suíte. Esse fragmento da faixa é de beleza e doçura ímpares, como se fosse parte de um sonho; um daqueles que te dão saudades de um mundo mágico em que você nunca esteve. Me desculpem o excesso de comparações absurdas, mas não posso evitar, devido à forte impressão que a obra causa neste humilde escriba. O arranjo vocal é sublime, executado por Anderson, Squire e Howe. A canção segue com um momento de virtuosismo tecladístico de Rick Wakeman, com seu estilo Rococó sintético. A obra caminha para seus momentos finais, em que se executa o tema principal com arranjos diferentes. Fabuloso!

A segunda faixa, “And You And I”, outro clássico absoluto da banda, é outra viagem pelas paisagens naturais de um mundo verde e virgem. É como estar em uma canoa, em um rio calmo, tendo sua bela dama como única companhia. Será que Tolkien escutava Yes?!? A música possui uma originalíssima melodia, apoiada sob as cordas de Howe, possuindo, porém, inúmeras mudanças de tempo e instrumentos, tornando a análise bastante complicada. Em resumo, é o momento mais romântico do disco, podendo, para alguns, soar até um pouco meloso. Mesmo assim, é uma obra digna do álbum em que está inserida.

O álbum fecha com a mais agressiva “Siberian Khatru” – e nem adianta procurar pela palavra “khatru” no dicionário. A faixa possui um caráter meio jurássico, contrastando com a placidez das duas canções anteriores. A linha de baixo, como sempre, é genial, assim como todos os músicos e a voz de Anderson. Trata-se, realmente, de um álbum fora de série.

Tudo isso é embalado pela capa de Roger Dean, brilhante artista responsável por praticamente todas as capas do Yes e de vários outros conjuntos da época. É nesse disco em que aparece pela primeira vez o logotipo clássico da banda. Apesar de não possuir a elaboração usual das capas do desenhista, o design casa-se perfeitamente com a sonoridade do álbum, colorindo-o com o verde bucólico que as músicas sugerem.

Inigualável.


João Lemmos

sábado, 20 de dezembro de 2008

Nanoconto

A guerra.


Podia ver seus olhos tristes através das lentes da câmera, a dor da guerra. O sangue que escorria pelos ladrilhos das casas destruídas pelos bombardeios. A sirene que alerta um novo ataque e que faz acelerar o coração triste, com medo e que não sabe mais definir a dor, graças as proporções que ela tomou. A guerra, os cantos são das balas cortando o vento e do som agonizante de um prisioneiro que tenta respirar após ter a garganta cortada pelo soldado inimigo. E a poesia escorreu junto com o sangue. E o sangue não é poético, nem heróico. O sangue não passava de um fluído que escorria de um cadáver no chão e só. E a guerra foi sem sentido. Foi se sentido. Os soldados sentiram o baque de uma bala na testa em nome de um país, em nome de um governo, em nome de um capricho! Isso vi através de seus olhos, olhos vivos em expressão de um corpo morto na calçada.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Palavras sobre a estrada do mundo

Eu vejo na janela o pássaro voando
O pássaro me vê,parado na janela
Cegonhas voando,carregando a esperança de um mundo melhor
Os anjos voando,incansáveis a luz do sol

Os garotos,piratas do dia de amanha
Acendem um novo farol
Um pirata traidor abandona o navio
Os tambores já não soam como antes
Mas o vento ainda sopra
Estufando as velas de um navio progressivo

Um país perdido, a mercê dos 7 mares(g7)
Um vento,no farol,o olhar atento
A fênix incansável sobrevoa o morro
Carregando no seu ventre o ciclo de uma poderosa entente
A fênix,o dragão,a grande vela da solidão
Garotos hipócritas cheiram a sua própia desilusão.
Dançando num campo lunar
Um lado minado e escuro

Olhos claros,passado escuro
Selva de pedra,alma perdida
Mais uma alma travestida

Dama travestida,torre celular,
O castelo de areia, e o bispo...a voar
Cavalo de tróia,peão de roça,
Pai de família puxando carroça

O senhores da guerra em seus colchões de pluma
Plumas de nuvens de sonhos de jovens,capitalistas desgraçados
Os alvos de guerra em seus colchões de fogo
Que vá pro inferno a união,a união dos estados

Sexta feira 13,13 colônias
A pérsia,Macedônia
O filho se perde na guerra,a mãe perde o filho na insônia

Flor de Liz no deserto
Dente de leão na boca do dragão
A nova cruzada,batalhas na encruzilhada
Carnificina hipócrita que leva na sua bandeira o emblema da salvação
Cruz de cristo,cruz vermelha
O povo como um rebanho de ovelha

Letras abstratas,realidade concreta
Melodias nauseantes,palavras discretas.



ps:essa era pra ser,ou será um dia,uma música.

escrito por mim e pelo jairo,tb no 1° ano.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Wishbone Ash - "Argus"



Durante as décadas de 80 e 90, tornou-se modismo entre bandas de Metal, como Saxon, Blind Guardian, e Rhapsody, a temática de batalhas épicas e heróicas, em que cavaleiros de espada em punho encontram seu destino em campos de batalha. Algumas bandas, tentando emular a musicalidade erudita ou popular da idade das trevas, produziam obras de tom pseudo-medieval, prática que já se tornou uma espécie de clichê headbanger.

Tal temática, porém, teve inicio na década de 70, principalmente no Hard Rock e no Rock Progressivo. Inserida nesse contexto está a banda Wishbone Ash, com seu terceiro álbum de estúdio, “Argus”, produzido por Derek Lawrence. Estamos nos referindo, contudo, a uma obra-prima absoluta do Rock, lançada no prolífico ano de 1972.

Nunca na história da musica fez-se Rock “de guerra” com tamanha maestria. A começar pela capa do disco, obra do ilustre estúdio Hipgnosis. A capa decodifica em imagem a sonoridade do álbum, como se fosse a fotografia de uma musica. O soldado na fronteira, observando à procura de possíveis intrusos, dá ao disco uma feição épica, mas de forma classuda e natural.

O álbum inicia-se com a doce e matinal “Time Was”, com os violões de Andy Powell e Ted Turner, e a excelente harmonia vocal de Ted e Martin Turner. A melodia da canção apresenta uma rara fusão de leveza e esplendor, possuindo um bucolismo sonoro. Após essa reflexiva aurora, a musica rompe em um Rock mais embalado que, mesmo não tendo a beleza da parte anterior, ainda ostenta grande charme.

A próxima faixa, “Sometime World”, é uma balada que possui a elegância presente em todo o álbum, com a beleza melódica tão característica dessa singular obra. A canção, assim como a faixa anterior, torna-se um Rock classudo com fraseados e harmonias vocais e de guitarras.

“Blowing Free”, a mais descontraída do disco, é simplesmente uma delicia. Sua temática nada tem a ver com o cenário de uma guerra, abordando o velho tema garoto/garota. Mesmo assim, destaca-se no disco como uma de suas faixas mais agradáveis.

A próxima faixa é, sem duvidas, um dos grandes clássicos do Hard setentista. Trata-se de “The King Will Come”, uma canção escatológica sobre o juízo final. A faixa começa com uma gradação em que a musica vai crescendo até explodir em um riff simplesmente alucinante. Os solos, no estilo “twin guitars”, marca registrada da banda, são inspiradíssimos, e o wah-wah nunca soou tão pomposo.

“Leaf and Stream”, mais uma atmosférica balada de caráter etéreo e cigano, é resultado de um belíssimo arranjo de guitarras e inspiradíssima melodia vocal, só pra variar. A faixa é o último suspiro antes da batalha realmente começar.

É chegado o momento. Todos estão preparados, com seus elmos, cotas-de-malha, escudos e espadas. “Warrior” vem com seu poder avassalador, num riff absolutamente bélico e destemido. Sem nenhuma pretensão de soar medieval, a banda evoca, com genuíno e genial Hard-Prog, um sangrento campo de batalha, digno dos exércitos de Gondor e Rohan contra Mordor. Nunca se conseguiu tão plenamente esse efeito na musica pop, com exceção, talvez, em “I Could Never Be a Soldier”, do Gnidrolog.

Após o término da peleja é hora de abaixar a espada, deixar a gloria, e voltar pra casa. “Throw Down the Sword” tem início com uma melodia sensacional feita pelas guitarras harmonizadas de Andy e Ted, a que se junta o rufar da caixa da bateria de Steve Upton. A canção é uma balada que se encaixa perfeitamente à aura do trabalho, fechando-o de forma equilibrada e triunfal, com os característicos solos de guitarra sobrepostos, desta vez acompanhados pelo suave órgão de John Tout, musico emprestado da banda de Folk-Prog Renaissance.

Assim termina essa experiência sonora. A banda nunca mais produziria um álbum de tamanho cacife, ainda que lançasse outras obras de grande qualidade. “Argus” foi votado como o melhor álbum de 72 pelos leitores de dois jornais bastante populares da época, batendo gigantes como “Close to the Edge”, do Yes; “Thick as a Brick”, do Jethro Tull; “Machine Head”, do Deep Purple, entre tantos e tantos outros trabalhos lançados nesse ano fenomenal.


João Lemmos

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Dezembro... veloz.

Chuva inconveniente na capital mais bela do país. Me impede de fazer minha caminhada diária. Mentira. Nunca faço. Nunca tem. Só queria fazer hoje. Porcaria. Comecei errado. Bom dia primeiro. Aceita um chá? Não? Nem eu.
Nem querendo escrevo hoje sobre futebol. Poderia falar da contratação de Ronaldo pelo Corinthians. Não, mesmo ele sendo talvez o maior de minha geração. Apenas torço por ele, pra que ele faça muitos gols. Uns 3 por jogo. E que o Corinthians perca sempre de 4 a 3. Ficarei feliz se ele voltar a jogar futebol em alto nível.
Cachaça, cachaça, cachaça... ainda aprecio esse delicioso produto. Vinho novamente, não. Algo mais viril. Cachaça mesmo, uma de qualidade. Cachaça Boazinha, fabricada com zelo em Salinas, Minas Gerais. Salinas, diga-se de passagem, é a capital mundial da cachaça. 42,0% álcool, muita personalidade. Aroma marcante, persistente. O cuidado em sua produção surte um saboroso resultado. Para quem aprecia uma cachacinha, 35 reais a garrafa, um preço acessível. Anota aí, rapaz: Cachaça Boazinha, de Salinas. Faz juz ao nome.
Falta de assunto, hein? Desculpe. Meu cérebro não funciona muito bem na chuva, ainda mais sob efeito de saudade. Ui. Assistiu Batman? É, o Cavaleiro das Trevas. Ótimo filme. Não sou muito fã do homem-morcego não, mas a espetacular interpretação de Heath Ledger vale o aluguel, já que desde o dia 8 a obra encontra-se disponível nas locadoras. Incrível como Ledger conseguiu criar um Coringa. A entonação na voz, os trejeitos, o andar, tudo. Uma das melhores atuações que me recordo. E pra quem prefere dublado, destaque para Márcio Simões fazendo a voz do palhaço vilão. Muito boa a dublagem.
Hoje, falo de tudo e não falo de nada. Pra quem joga PES 2009, logo estará pronta a narração na voz de José Carlos Araújo, o Garotinho. Ele é fera. "Atirou, entrou!".
Dicas de moda para as 4 ou 9 fiéis leitoras do blog: os cabelos em tons de bege dourado e os loiros escuros, de coloração mais suave e fria, voltam com gás total nas cabeças femininas neste verão. Os tonalizantes, enriquecidos com ingredientes naturais como cera de abelha, mel, camomila, que não contém amônia (produto-base das tintas), entram em cena como uma opção para quem não necessita cobrir fios brancos. Por serem mais suaves, dão apenas um retoque na cor, reforçando o brilho. As tesouras também estão a todo vapor nos salões - as madeixas devem ser cortadas curtas ou em tamanho médio.
Música do dia: Não é bem dos Engenheiros, é Gessinger Trio, lançado em 1996. Ouça "Causa Mortis", uma faixa com letra que lembra as composições de Renato Manfredini Júnior.
Ah, antes que minha memória saturada me castigue, parabéns aos tantos aniversariantes do veloz mês de dezembro. Alguns atrasados, outros adiantados. Meus nobres companheiros Luís Valdívia e Jardel "Amigão" Rabelo, dois dos fundadores do blog, e Matheus, craque de bola. Minha irmã Ingrid Montanini e minha também irmã, essa não de sangue, Paula Gabriela. Minha cunhada, Thaís Palmerston, e outros tantos amigos. Perdoe-me se esqueci de ti. Meus abraços fraternais a esses. No mais, sem mais. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008






Uma salva de palmas
Ao século 21
E a sua solidão infernal

São as palmas desse baile dos tempos modernos!
Em que todos dançam tanto e não se sabe o que faz
Bem e o que faz Mal
Afinal] O que faz bem me faz mal,
E o que dizem ser mal bem me faz
E essa solidão infernal[me alegra
Me alimentando do que é vil[e mal
Satisfazendo meu desandar urbano
Tão apaixonado pelo moderno[e tão distante.
[ora]eu sou tão criado e apaixonado[pelo bem]
E as vezes sinto o calor do inferno

Que inferno é esse que faz mal?
o seu calor esquenta,[que seduz]
a nossa essência efêmera,carnal
Pois não sei se mesmo o que deve ser do bem
Nem se não quero ser mal

Só consigo escrever de amor se for para mentir
Porque amor eu nunca soube o que é
Sei que é algo que eu não sinto,
E vilão que sou,seduzo e logo logo minto
Minto sem um pingo de remorso
Minto com aquela admirável satisfação

Poeta não sou,pois não há poesia em mim
Rimas,estrofes,organizações,não as tenho em mim
E se digo que sim,minto.

Dancei com tanto desespero os primeiros dias de minha juventude que perdi o meu lugar
E com todos os que me sento
Há o desprezo pela carne faminta
Ou a saudade da alma segura

Se alguma coisa é mal,é essa maldita poesia
E seus versos universais
Não deixam fazer menções políticas ao inferno
Malditos poetas que exaltam ao diabo
O inferno é dos feios,que bebem e que fumam
Que usam drogas,ou dos belos
Que se deixam usar e usam
O inferno é sensual com fumaça no ar
E de todos os homos que viveram a vida que lhes foi imposta
Ao berço sem que nem eles soubessem
Os heteros,ah,eles aceitam desafios
O sexo oposto,o amor e a fé.
Enxergam toda essa poesia na escuridão
Todos infernais que se dizem poetas são mentirosos
Cantam versos que não existem,sentimentos que não sentem
Histórias de amor sem amor.

Mas quem é que mente?
Os lindos que enxergam poesia na escuridão?
Ou os feios,que vivem a verdade no inferno,e mentem
Pra si mesmos que ainda haja alguma poesia?

Os crentes são belos,
Pois crêem até o último centavo
O último raio de sol
A última gota dágua

Os descrentes são tristes,perdidos
Pois buscam algo que se prove melhor e real
Até o último cigarro
A última bala da revolução
O último sinal vermelho
E evidentemente não encontram

Não deveriam se entristecer tanto
Pois esse mundo em que é feio ter sentido
Só é bonito e imortal a poesia
Também vai passar
E haverá o inferno.

Creio que seja tarde demais
Para salvamentos
Não queremos ser salvos
Temos a irresistível paixão pela verdade
O apego ao sensato
E de pensar em crer em algo,é como ser uma criança novamente.
Pois bem,crianças jamais seremos.

Que solidão é essa?dos bares cheios
Dos braços e abraços femininos
E de tantos amados amigos
Eu te grito em desespero!ou gritei,
Que solidão é essa que me faz tanto mal?
Hoje já sei que solidão é essa
É a minha solidão infernal

Não temos uma ideologia no peito
E no peito,o coração não bate
Reviramos os bolsos,não há nada
Um vazio total,pois não nos apaixonamos por nada
Nenhuma amável menina ou um time de futebol
E você,poeta,mentiroso,mente pra todos que não tem essa doença que te faz tão mal
Mas eles sabem,
Pois você não se apega a nada
E a instabilidade incomoda
Você não se sente acompanhado nas multidões de goiânia,
E nem sossego na imensidão deserta de rondônia
Porque enquanto isso,
Tudo isso,estádios cheios,espetáculos e bancos
Engarrafamentos e lotações
Tudo vai mal
Pois fico sozinho,
Acompanhado da minha doce solidão infernal.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Muito prazer, meu nome é João Lemmos

Olá, muito prazer. Meu nome é João Lemmos, e já sou quase uma pessoa. Não sou jornalista e nem sou “acadêmico”, título que ostentam os meus colegas aqui do blog. Entrei aqui de gaiato e resolvi continuar fazendo umas visitinhas pelo log do Plínio, até regularizar-se minha situação - se é que isso há de ocorrer.
Minha missão aqui é bem simples: cobrir-me de um verniz intelectual, tão conhecido dos jornalistas, me passando por um deles - como um cordeiro em pele de lobo, e não o contrário – e conversar com vocês, amigos blogueiros, sobre a musica, especialmente o Rock, que está muito além dos outdoors (será que nem eu vou escapar dessa mania insuportável de ficar citando Engenheiros em todos os meus posts??).
Pois bem... Eu, assim como o guru deste blog, Mr. HG, tenho meu background musical alicerçado no Rock das décadas de 60 e 70 e, se tenho alguma propriedade para dissertar sobre musica, é na musica antiga que encontro minha zona de conforto. Bem, “antiga” em se tratando de Rock, é claro.
Aos nacionalistas de plantão, perdão pela minha preferência pela musica produzida além das fronteiras do nosso país, mas, como já disse o velho Machado, “a arte naturaliza a todos na mesma pátria superior”.
Já aos ecléticos de plantão, não uso referências nem citações: o negócio aqui gira em torno do bom e velho Rock n`Roll. Com algumas exceções, claro, pois a bitola é um acessório que eu evito usar (bem, nem sempre, confesso). Aliás, o próprio Rock já pulou a cerca com tantos estilos diferentes que seria estupidez pregar um arianismo roqueiro, por mais conservador e reacionário que um velho como eu possa ser. Mas, de qualquer forma, o foco aqui será o Rock e seus adjacentes, com uma sardinha puxada para o estilo Progressivo.
Aliás, se há Engenheiros do Hawaii, é porque há Rock Progressivo. Quem é HG senão filho do Pink Floyd, do ELP, do Yes, e uma infinidade de outros grandes nomes do Prog bretão? É fácil identificar as influências, principalmente nos álbuns “Ouça o que Eu Digo, Não Ouça Ninguém”, “O Papa É Pop”, “Várias Variáveis” e, principalmente, no “Gessinger, Liks e Maltz” - uma clara referência ao já citado trio Emerson, Lake and Palmer (ELP).
No mais, esse sou eu, João Lemmos, velho veterano inconcreto, erudito que nada sabe. Espero que vocês apreciem minha companhia e minhas resenhas, e me tolerem o mau jeito. Obrigado e até.

João Lemmos

sábado, 13 de dezembro de 2008

Futebol Goiano: Balanço de 2008 e expectativa para 2009

O ano de 2008 passou como um avião. Para alguns de nossos times demorou a decolar e outros saiu voando muito rápido e caiu no meio do caminho. Mas o certo é que 2008 trouxe muita coisa boa e que nos dá a perspectiva de um ano de 2009 bastante competitivo para os nossos times goianos.
Comecemos pelo maior clube do centro-oeste: O Goiás começou um ano cercado de expectativa. Chegada de um técnico vindo do palmeiras, com alguns bons nomes e vencendo os rivais Atlético e Vila Nova respectivamente, logo no início do campeonato goiano. Mas o que se viu foi um humilhante eliminação na Copa do Brasil, perdendo para o Corinthians pelo placar de 4 a 0 e uma frustrante perda do título goiano para os 'roceiros' do Itumbiara por 3 a 0 em pleno Serra Dourada. No Campeonato Brasileiro, o time começou mal mas conseguiu se recuperar com a chegada do técnico Hélio dos Anjos e terminou a competiçao na sexta colocação, classificando-se para a Copa Sulamericana.
O Vila Nova tinha subido da série B e estava com grande expectativa no Goianão. Mas não foi o que aconteceu. A diretoria não fez boas contratações e com um time comum a equipe vilanovense sequer chegou a fase eliminatória, terminando a competição em quinto lugar.No Brasileiro, a equipe fez um primeiro turno espetacular.Esteve quase sempre presente no grupo de acesso à primeira divisão, mas devido a problemas internos no clube, não conseguiu o tão sonhado acesso para a série A.
O Atlético era o mais desacreditado. Tinha perdido uma classificação para a série B de forma ridícula para o já eliminado Barras-PI.Começou o campeonato goiano perdendo para o Goiás e terminou sendo eliminado pelo Itumbiara em pleno Serra, com gol de Basílio do meio do campo.Na série C, o Atlético montou um time operário e eficiente, com o técnico Mauro Fernandes e foi Campeão Brasileiro invicto em casa.
Para nosso amigo Luís Valdívia, abrirei uma exceção para falar do Palmeiras. Time começou muito bem o ano, com o meia chileno arrebentando eles chegaram ao sonhado título paulista.Porém, no brasileiro o meia foi vendido para algum time da Arábia que não me recordo o nome e o verde paulista caiu de rendimento e nao venceu o brasileirão tendo que se conformar com uma pré-libertadores.No ano que vem, com a parceria da traffic, o Palmeiras deve vir forte, com jogadores como Keirrison, Cleiton Xavier,Marquinhos e talvez Vítor do Goiás.
Por essas e outras razões, espero um ano de 2009 muito forte para os times goianos desde o começo. O Goiás montando time forte para a sulamericana e o brasileiro, o vila e o atlético montando bons times para brigar na série B e um itumbiara forte, só para vencer a gambazada, já que eles se enfrentam na primeira fase da Copa do Brasil. Tudo isso, porque antes ter rivais goianos fortes, do que os de fora, para ver se acaba essa puxação de saco do torcedor goiano para com os times de fora.

Canetagem!

Mais uma canetagem e dessa vez ao som de Mogwai - Cody.




Sr. Papai Noel,

Sabe aquela depressão pós-sexo? Eu não, sou virgem. O mais perto que cheguei disso foi quando me masturbei olhando a Silvia pela janela do banheiro. A janela dá para a área e lá estava ela conversando com minha irmã mais velha que já tem 20 anos. Seus olhos cor de mel, seu cabelo loiro encaracolado, sua pele clara, parece ter luz própria, de tão clara dá para ver uma veia azul, perto do seu nariz, abaixo do seu olho esquerdo. Assim é ela, tudo em seu perfeito lugar. Sou capaz, no alto dos meus 13 anos, masturbar pensando nela todos os dias.
Mesmo que após a masturbação sinto uma espécie de culpa martelar meu coração. Acho que isso tem a ver com a minha formação católica. O padre disse esses dias que masturbar era pecado, deve ser por isso que ele tentou comer o moleque da rua 15. O cara vive só, ouvi dizer que tem a ver com uma tal de vocação religiosa.
Eu sei, o senhor deve estar pensando, "o que tenho a ver com isso?". Eu te respondo: nada! Desde meus 8 anos sei que sua existência não passa de "Estória". Só um idiota usaria um agasalho vermelho com um gorro ridículo em pleno verão brasileiro. Mesmo assim escrevo isso para você. Mesmo sabendo que não existe. Te escolhi aleatoriamente, deve ser influência da época do ano, dezembro, natal, sei lá.
Mas quer saber, isso sai mais barato do que as sessões que minha mãe paga no psicólogo e é mais divertido que "tacar" fogo em gatos. Só não é mais divertido que masturbar em Silvia, ou melhor, para Silvia, porque em Silvia ainda não fiz, ainda.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

vida de saudades

A vida é engraçada.
Tudo que eu posso dizer com certeza sobre ela,é que simplesmente sinto saudade.
Sinto saudade de tudo que passou,das paixões perdidas,das pessoas que conheci nessa viagem só de ida.
Sinto saudade de tudo que vou viver.Por que é disso que se trata.
Da incerteza.Então.
Eu sinto saudade dos meus momentos gloriosos do meu futuro,
sinto saudade do Brasil que morreu na ultima bala perdida,
saudade.DE toda aquela promessa recém embalsamada.Indo embora... fácil como o vento
Sinto saudade de um país melhor naquela criança abandonada.
Sinto saudades de todos que amei.
Saudade de tudo aquilo que enfrentei.
E arrependimeno,apenas daquilo que na hora de lutar,me acovardei,
porque o medo é o problema,
a única interrogação em uma vida cheia de nostalgia,regada a inspiração.
Saudade dos momentos que olhei nos seus olhos negros,
que toquei seus cabelos pretos,
e o amor enchia de esperança
Tão fácil quanto passar minha mão pela sua pele branca.

Sinto saudade na vida também
Das poesias que não pontuei
Simplesmente...pelas palavras que não achei
Palavras que ficaram no tempo
Enquanto meu coração se preocupava em bater por um sentimento

Sinto saudades dos amigos que perdi
Embora tão jovem,sinto que o momento se foi,e aqueles amigos daquela hora,eu perdi
Embora tão velho,sinto saudades dos amigos que perdi,porque eu simplesmente esqueci
Embora crescendo,apenas sabendo,que aquilo que passa,não volta nunca mais
Embora tão medíocre,apenas sentado,esperando minha vez de passar,por você,
Pelas suas vidas,por momentos que nunca mais vão voltar.E,garotas que talvez não vou mais beijar

Sinto saudades das palavras que deixo de complicar
Porque meu coração tem tanto a dizer,que não tem tempo pra pensar
Apenas pilhas e pilhas de sentimentos a despejar

E quando aquele anjo voar
O sangue derramar
O capacete tilintar
O soldado atirar e a guerra começar

Simplesmente,vou sentir saudades...
sentado em um banco esperando por você,
vendo a minha vida passar,
em momentos irreversíveis que nunca mais vou recuperar
E que,apenas viver na sua ilusão,
me faz lembrar que um dia:
a saudade vai passar...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Como jogou o campeão

Olá, nobres companheiros e companheiras. Volto a ser o mesmo sujeito monotemático de sempre, apenas com variações sobre um mesmo tema. É, futebol. Analisaremos a seguir como jogou o São Paulo, campeão brasileiro 2008.
Comecemos da meta tricolor. Experiente, Rogério Ceni é realmente um ídolo. Embaixo das traves é apenas mediano, mas sua capacidade em cobranças de falta compensa. Além disso, tem ótima saída de bola com os pés, um diferencial no futebol brasileiro. Orienta muito bem o consistente trio de beques, formado por Miranda pela esquerda, André Dias na sobra e Rodrigo pela direita. Miranda é sempre seguro, muito bom jogador, cobre as constantes subidas do ala/meia Jorge Wágner. André Dias é o homem da sobra, tem bom cabeceio e vai freqüentemente ao ataque. Pela direita, o menos técnico dos três, Rodrigo, viril e que utiliza o porte físico para impor-se aos adversários. Nas alas, Jorge Wágner e Zé Luís. Vejamos: esqueça a idéia de que o São Paulo joga com dois volantes e um meia, Hugo. Hernanes é cada vez mais meia numa interessante linha de cinco jogadores de criação, entre os quais apenas Jean joga como um legítimo cabeça-de-área. Aliás, o garotão Jean é mais uma boa revelação tricolor. Além de bom marcador, sabe sair jogando com muita qualidade. A vantagem do São Paulo é ter homens (ou não) que criam pelos lados, como Jorge Wágner e Zé Luís, e pela meiúca, como Hernanes e Hugo. Hernanes que por sinal, evoluiu muito tática e tecnicamente atuando mais avançado. Tanto que foi eleito o craque do campeonato. No ataque, Dagoberto, arisco e veloz, ajuda muito na armação e na marcação também. Seu companheiro de ataque, Borges, é um dos grandes responsáveis pela conquista do caneco. Após o seu retorno, o São Paulo cresceu muito. Mesmo pequenino, Borges executa muito bem o papel de pivô, além de ser oportunista e sortudo. No banco, ótimas peças de reposição, como por exemplo, Bosco, Anderson, Júnior, Richarlyson e Éder Luís. Assim jogou o campeão brasileiro 2008, num 3-5-2 moderno, com 5 homens no meio-campo, todos com capacidade de armação. Quanto a eleição da CBF, Vitor, do Goiás, merecia ser o lateral direito eleito. Foi o melhor durante toda a competição. No mais, sem mais.
Deixemos de lado o glorioso esporte bretão e vamos às dicas. Serei breve. Na semana passada, indiquei um vinho branco. Desta vez, indico um tinto, preferência nacional. Um ótimo representante brasileiro: Villa Francioni 2005, 13,5% álcool. Um vinho tipicamente inspirado em Bordeaux: Cabernet Sauvignon (68%), Merlot (14%), Cabernet Franc (13%) e Malbec. Boa potência como os bordaleses, com muita madeira (cedro), fruta negra (cassis) e nítidos aromas mentolados. Encontrado com facilidade por 98 reais. Dica de moda: blusa amarela, calça e havaianas brancas. Maravilha, maravilha. Música do dia: Duas Noites no Deserto, do "Dançando no Campo Minado", disco lançado em 2003 pelo Exército de um Homem Só. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ele...

Ele acorda de manhã sempre cansado, não dormiu direito, sente uma tristeza mas não sabe de onde vem, começa sua rotina e fica o dia inteira pensando no valor de sua vida, se ela tem mesmo algum valor. Vive rodeado de pessoas, mas tem certeza que nenhuma delas o considera realmente um amigo. Todos o aceitam, mas todos o rejeitam, não preferem sua companhia, não gostam de seu papo, não se aproximam, mas quando ele se aproxima, aceitam sua presença porque sabem que ele vai se portar bem, não vai os envergonhar, mas dificilmente vai se misturar.
Ele se sente deslocado no mundo, se sente péssimo, o pior homem que existe, sempre ouvindo críticas, nunca ouvindo elogios, sua auto estima sempre baixa, o que só aumenta mais e mais a sua tímidez perante o mundo, ele sente uma necessidade de ser notado, mas tem medo de fazer o que é preciso para que isso aconteça e por isso vive preso em seu mundo, se sociabilizando sempre, mas nunca se aproximando.
Não sabe como se expressar e acaba mal compreendido, afastando mais uma vez as pessoas ao redor e fazendo com que elas tenham uma impressão errada dele. Tem um senso meio distorcido de justiça e uma certa paranóia o que faz com que ele sinta a necessidade de lutar pela sua "justiça" a qualquer momento, contra qualquer pessoa, muitas vezes sem nenhuma necessidade e em horas totalmente inoportunas, o que gera a enorme antipatia e indiferença que as pessoas sentem por ele. Ele sabe que é assim, tenta mudar, mas não consegue, e isso cresce nele cada vez mais, afastando cada vez mais as pessoas próximas. Não faz por mal, tudo que faz é justificado em seu "senso de justiça", mas sua "justiça" não é justificada no mundo e por saber disso, ele se policia a todo momento, tentando mudar o seu jeito de ser só que em seu interior ele não vê nada de mal nisso e acaba repetindo seus "erros" sempre, da mesma forma, afastando mais uma vez quem o ama e caminhando rumo a solidão. Sofre e se cansa nessa fiscalização diária de si próprio, mas como é sozinho em seus sentimentos, ninguém percebe, o que só aprofunda esse sofrimento, que cresce cada vez mais, assim como a sensação de que sua vida não vale nada.
Ele não desiste, quer se tornar uma pessoa melhor em seus atos, pois em seus pensamentos é bom e amável, mas em seus atos e expressões é agressivo, com uma forma incompreendida de revelar seus sentimentos, por isso continua na luta diária para se policiar e aos poucos mudar e se tornar agradável às pessoas, sonhando com o dia em que elas verão nele verdadeiramente um amigo, alguém para se confiar, alguém para se conviver, alguém para se amar...

sábado, 6 de dezembro de 2008

princesa dos meus anéis


As Princesa dos meus anéis.

Vivemos
Vivemos,talvez,simplesmente por viver,
Apaixonados por essa ilusão,
Perdidos por essa paixão,
Amando na escuridão,
E viajando na estrada da solidão...

Acabo de te conhecer,
Porco presunçoso eu,
Que se acha no direito de te escrever,
Mas...poxa vida...eu fiquei encantado,
Por um minuto não paro de pensar,
O relógio tique-taquea e me atordoa,
Amando nessa roleta-russa,tentando beijos no cara e na coroa.
E você,a princesa dos contos de fadas,
Aposenta minha espada,e revive minha coroa.

Vivendo esse encanto,sonhando pesado
E o sol nasce iluminado,
Trazendo o seu sorriso a minha memória,
Assim como uma criança não consegue esquecer uma estória,
Seu sorriso ilumina minha memória,
Sobressaindo á minha escória.

Escória que enche a cara no carnaval,
Fuma junto com o comercial,
E marginaliza a noite como um policial.

E esse cara ou coroa do amor,
Cara?Coroa?Viver satisfeito,
Surfando minhas ondas de delírio
Ou abrir mão da minha imortalidade
E encostar o ouro da sua cabeça
Com a pirita dos meus anéis
Ah sim,pirita,o ouro dos tolos
Arrancadas de guerras,porventura tolas,
Outrora cruéis.
Quase sempre malditas e infiéis
Arrancado enfim,da mão dos seus coronéis

Descer do céu,pular em suicídio e quebrar minhas asas.
Com as quais voaria pelo mundo,
Por você,princesa dos porcos com asas
Dos guerreiros que invadem casas
E do ouro tolo dos meus anéis,
Arrancado das insignificantes guerras,e seus podres coronéis?

Poderá o ouro dos meus anéis
Tocar o ouro dos seus corcéis
Ou os lábios da minha boca beijarem o couro dos teu pés?
Poderão os delírios dos meus pensamentos
Se enamorarem pelo encanto dos seus contentos?

A conveniência dos conventos
A lágrima dos desatentos
A derrota dos lentos
O bocejo dos sonolentos?
Poderá o ouro dos meus anéis
E os lábios da minha boca
Beijarem o couro dos teus pés,
E Cortarem a cabeça dos Seus coronéis?

Poderão os delírios dos meus pensamentos
Delirar acima dos ecos de nosso passado
E os encantos dos seus contentos
E a conveniência de um convento,
Superarem o brilho do seu legado?
É,eu sinto o amor
A lua que brilha no céu do apaixonado.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

As flautas da ganancia tocam e adormecem os cães que guardam o inferno
Nos liberando um caminho que nos fada a uma tristeza eterna
Por quinze minutos de glória e fama
Que levanta soldados feridos de sua cama

O beijo de uma enfermeira,
A paixão de uma dama
A explosão de ódio
A bala que nos atira a cama

Balas de prata para matarem um amor imortal.
Balas que nos atiram a um grande pantanal
De soldados....de corpos....de namorados....

Batalhas que se travam,
Em que,na esperança de vencer....
Perder nos leva a um lugar melhor

Amor imortal
O uniforme do soldado seca no varal...
Paixão sanguessuga
Sentimentos que não saem à luz do dia
E voam em sonhos a noite...
Sonhos de uma vida vazia.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Never stop the music!

É impressionante o poder que a música tem sobre nós,ela relembra um momento triste,alegre,alguem,um amor,um amigo ela nos faz recordar.Quando era mais novo nunca entendi o motivo do meu irmão ficar horas assistindo os clipes da mtv,achava totalmente idiota,um cara fica vendo um clipe de música,Meu Deus!!!
O tempo passou e percebi o prazer que é ouvir uma música, uma forma simples de esquecer os problemas e relexar.
A palavra música vem do grego e significa a arte das musas,é considerado uma arte,uma criação,representação e comunicação.A música é uma atração,esta presente em festas,shows,datas festivas, tem o poder de unir as pessoas independente de classe,cor,feio,bunito,alto,baixo ela promove a interação.Frase do dia:Você não pode planejar o futuro pensando no passado.

Para você

Contrariando a tradição de colocar as dicas apenas no fim das postagens, as ponho hoje logo no início. Simples motivo, a conclusão está reservada para algo mais romântico. Somente uma exceção a regra.
Um nobre companheiro pediu-me dicas sobre biritas. Não, não sou um entendido no assunto a ponto de publicar dicas semanais. Vez ou outra, darei sugestões, que em minha curta e proveitosa experiência etílica, aprovei.
De primeira, indico um vinho, se é que o senhor aprecia. Um ótimo representante nacional, branco, por míseros 58 reais. É o Sauvignon Blanc safra 2008. 13,4% álcool, difícil encontrar um Sauvignon com tanta intensidade e tipicidade aromáticas: frutas cítricas, goiaba branca, abacaxi. Há alguma complexidade primária, com notas florais que lembram as da Malvasia. Na boca, a acidez esperada, com bom corpo e persistência. Não é tão marcante e de personalidade quanto um Sauvignon Blanc neozelandês, mas, sem dúvidas, compensa experimentar. Um clássico Sauvignon Blanc.
Para as donzelas que frequentam o nosso blog com o intuito de aproveitar as minhas humildes dicas de moda, aí vai a de hoje: nas mãos, prefira esmaltes claros, o conveniente mesmo é usar somente a base. Cores escuras, apenas em eventos noturnos. A base dá um ar casual sem ser desleixado. Nos pés, caso tenha a pele clara, abuse e faça uso de cores expressivas. Só não vale o vermelho, que em certos casos fica vulgar. Caso a senhorita tenha a pele num tom mais escuro, o ideal é fazer as unhas dos pés no estilo "francesinha". Sem prolongamentos, ouça "Simples de Coração".
Finalmente vamos ao assunto principal. Até você, que se julga um ogro, desprovido de quaisquer tipos de sentimentos ou emoções, ama alguém. E, se ama, provavelmente ama muito. Realmente ama. Então, deixe de ser um sujeito hipócrita e declare o seu amor. Aqui vai a minha singela homenagem a mulher que amo:
Para você que é a única no mundo, a única razão para chegar até o fundo a cada respiro meu. Quanto te olho depois de um dia repleto de palavras, sem que você me diga nada, tudo se faz claro. Para você que me encontrou curvado com os punhos fechados, com os ombros contra o muro, pronto para me defender. Com o olhar baixo, eu estava esperando por desilusões. Você me acolheu como a um gato e me levou contigo.
Para você eu canto uma canção porque não tenho outra coisa, nada melhor para te oferecer de tudo aquilo que possuo. Toma meu tempo e a magia que com apenas um salto faz voar pelo ar como bolinhas de sabão. Para você que é, simplesmente é, a substância dos meus dias.
Para você que é meu grande amor e o meu amor grande. Para você que pegou minha vida e dela fez muito mais. Para você que deu sentido ao tempo sem medi-lo. Para você que é o meu grande amor e o meu amor grande.
Para você que vi chorar na minha mão, tão frágil que eu poderia matá-la ao te abraçar um pouco e depois te vi com a força de um avião tomar as rédeas da tua vida e segui-la a salvo. Para você que me ensinou os sonhos e a arte da aventura. Para você que acredita na coragem e também no medo. Para você que é a melhor coisa que já me aconteceu. Para você que muda todos os dias e permanece sempre a mesma.
Para você que é, simplesmente é, a substância dos meus dias, substância dos meus sonhos. Para você que é, essencialmente é, a substância dos meus sonhos, substância dos meus dias.
Para você que nunca se contenta e é uma maravilha, as forças da natureza se concentram em você. Que é uma rocha, é uma planta, é um furacão. É o horizonte que me recebe quando me afasto. Para você que é a única amiga que posso ter, o único amor que eu queria se não te tivesse comigo. Para você que fez da minha vida algo lindo de morrer, que conseguiu fazer do cansaço um imenso prazer. Para você que é o meu grande amor e o meu amor grande. Para você que pegou minha vida e fez dela muito mais. Para você que deu sentido ao tempo sem medi-lo. Para você que é o meu grande amor e o meu amor grande. Para você que é, simplesmente é... Nanda. Sem siglas. Te amo. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rotina

Durante a semana sempre se ocupa com o trabalho e os estudos o que o impede de refletir sobre a banalidade de sua vida, aos sábados, procura coisas para fazer, para esquecer o cansaço da semana, mas aos domingos, dia de ir a igreja, dia de almoçar com a família, de alimentar a falsidade do mundo, ele simplesmente se sente deslocado.

A família vai a igreja, todos unidos. Ele não quer estar lá, foi obrigado por sua mãe, que alimenta o sonho da família perfeita. Depois do culto, sempre há um almoço na casa dos avós, junto com tios e primos. A avó odeia que ele use brinco, ela é conservadora. Os primos são mimados, por que os pais deles, para evitar a relação conflituosa de pais e filhos, simplesmente fazem tudo que os meninos pedem. Não discute com a avó, é falta de educação. Enoja seus primos, mas tem que abraçá-los e mostrar os dentes para tirar uma foto em família, o que agrada e muito sua mãe.

Chega em casa depois do almoço, tendo que estudar para o exame de segunda-feira, mas sua mãe está cansada e o obriga a fazer os serviços domésticos, o que não o incomoda, afinal, quem quer notas boas no colégio é ela mesmo e não tem futebol na televisão esse fim de semana.

Seu pai se aproxima e tenta ter uma conversa agradável sobre como foi a semana, tenta conhecê-lo, coisa que o velho não pode fazer nos outros dias, pois fica ocupado trabalhando para sustentar a família. Mas como o chefe da casa está estressado, preocupado com a próxima semana estafante de trabalho, não consegue se ater às histórias do filho, que sente o desinteresse de seu pai, o que para ele só confirma a mediocridade da sua vida.

Após a interessante conversa com seu pai, ele vai para seu quarto, deita em sua cama e começa a refletir, como é de praxe no domingo, refletir sobre a banalidade de sua vida. Tenta procurar na memória algum fato da semana que passou que mereça ser recordado para o resto da vida, alguma pessoa que ele tenha marcado positivamente com sua presença, e vice versa. Algo que realmente vá fazer diferença na vida dele. Mais uma vez ele chega à conclusão de que a vida não tem sentido, é somente uma seqüência de eventos que se repetem dia após dia, semana após semana, uma rotina sem fim.

Mesmo assim ele não desiste, sempre coloca em seus pensamentos a vontade de quebrar essa rotina, de ser diferente, deixar a sua marca. O que o impede de agir? Sua covardia. Ele pensa em mudar, mas tem medo, tem medo de enfrentar um futuro que ele desconhece, imprevisível, que com certeza trará mais emoções para sua vida, emoções muitas vezes desconhecidas e fortes. Esse medo o frustra e essa frustração o irá acompanhar durante todos os dias de sua vida, pois ele nunca perderá esse medo, que é o que o define, ele é o que é, ele pensa o que pensa, faz o que faz, graças aos seus medos e frustrações. Sem eles, estaria perdido em sua loucura, em um mundo que ele não entende e não se adapta.

domingo, 30 de novembro de 2008

31.10.2006 20:19


Um beijo e um bom dia pra você
Um bom dia para o meu amor
Amor que poderia ser meu
Acho que pode ser de todo mundo
Menos meu.

Ame todo mundo menos eu
Ame todo mundo
Beije aquele garoto e diga sim
Porque o que poderia ser sofrimento
Que é ver você amando todo mundo assim
Pra mim é sentimento

Esse sentimento é a batida do meu coração
Que abre o meu sorriso
Que pega o meu violão
Sentimento que vira canção

Não possuo nenhum capacidade especial
E detestaria ser dono de qualquer advinhação
Porque desde que te conheci
A cada dia vivo mais aquela ciência desconhecida
Que os os loucos chama de amor
E os mais loucos ainda chamam de paixão

Se eu te vejo
Se eu te chamo um dia qualquer
Eh porque desde que te vi você atormenta o meu coração
Parada e sempre tão linda
Um anjo assim tão perfeito
Eu fico louco e sinto amor
Eu fico mais louco ainda e sinto a paixão.


No trunfo alheio corre o sangue caudilho!






Grêmio campeão brasileiro 2008 :D

sábado, 29 de novembro de 2008

Mais uma da rede Globo

Infelizmente, seremos espectadores de mais um show patético da rede globo de televisão, dessa imprensa maldita que acha que existe futebol apenas no eixo Rio-São Paulo, essa imprensa parcial do eixo. E ainda tem gente que paga pau pra ela e para os times que ela defende veementemente. Até mesmo os gaúchos Grêmio e Internacional são esquecidos por essa 'grande mídia'. Agora se esses dois grandes clubes do cenário mundial sao ignorados pela mídia, imaginem nós goianos, que perante a eles nao temos tradição alguma no futebol.Só aparecemos mesmo quando algo de ruim acontece como a briga entre as torcidas Força Jovem do Goiás e Maria Azul do cruzeiro.Aí eles ja vem falar que não temos condições de sediar uma copa do mundo, devido a meia dúzia de gatos pingados.
Mas o assunto dessa semana foi a nomeação dos candidatos à "craque do brasileirão".Um dos melhores goleiros do país não foi citado: o fantástico goleiro harlei(ironic mode On).Mas isso nao tem nada a ver.Quem vota são os cronistas do eixo e ele só votam em quem for conveniente a eles votarem.Na lateral-esquerda,Kléber(Santos) afirmou estar na pior fase da carreira esse ano e ainda assim foi indicado, enquanto Júlio César,que fez um dos gols mais bonitos que vi no Serra esse ano no jogo Goiás X Vitória, ficou de fora da eleição.Assim como o Goiás, o Vila Nova também sofre com essa imprensa.O time da caixa d´agua feliz ou infelizmente nao conseguiu o sonhado acesso para a série A do brasileirão.Durante toda a série B, o goleiro Max foi o melhor do campeonato com certeza, mas o melhor goleiro eleito foi o goleiro Renê, do Barueri.
Portanto só tenho uma coisa a dizer, parafraseando meu querido amigo Luís Valdivia: Ô Globo, Ô sportv, Ô Espn Brasil (saudoso Pópis né não Monta´s): "OH NÓIS AQUI!"

Canetagem

Família

No ar o cheiro da loucura exalada pelos poros misturada com a fumaça dos cigarros. Lá estavam com seus filhos. Enquanto bebiam, os filhos sonhavam, sonhavam no dia que também poderiam encher a cara junto com os familiares, o desejo guardado na gaveta mais obscura das mentes.

Os pais conversavam. Os filhos riam deles. Toda seriedade acabava com alguns copos de cerveja. Os meninos mal sabem dos segredos guardados nas memórias dos mais velhos. De todo o sexo praticado na juventude, de toda droga injetada no corpo, aspirada pelo nariz, sugada pelos doces lábios das mamães, tias, e toda seriedade queimada na ponta de um cigarro de maconha pelos pais.

De todas as vezes que socaram alguém até esguichar sangue e todas vezes que foram socados. Todas as brigas bestas, toda revolta séria, toda luta contra a ditadura. Todo sofrimento, amigos mortos, amigos desaparecidos e nunca encontrados. O passado escondido, valioso, brilha em um baú velho em algum sótão ou debaixo da cama. Toda alegria hoje que um dia foi plantada com suor, sangue, palavras de um sonhador louco, vozes despejadas em protestos. Receitas de bolos no lugar dos textos censurados e um cálice para brindar a censura burra.

Dos velhos amigos poucos ficaram. Das amizades eternas que o tempo desmentiu só resta a lembrança que aperta o coração e faz a saudade arder. Mais um copo de cerveja goela abaixo. E toda a família reunida. As crianças rindo e os adultos contando as histórias vivas na memória.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O amor pela nossa bandeira é para nós a maior vitória.

Ahh,nada demais não.Cabei de chegar da escola,bebei meia coca e comi muito feijão tropeiro.Nada de tentar salvar a juventude de ser um rótulo em suas propagandas de cerveja por hoje.Vim aqui estudar pra lamentável prova de matemática de amanhã,to ouvindo oasis,que é bom demais.Pra ser mais específico,I hope I think I now.Afinal de contas,I hope I think I now.Tava ouvindo o melhor cd dos engenheiros do hawaii ontem,várias váriaveis.Vou me poupar das várias interpretações metafóricas que dou a este cd,para apenas comentar sobre o herdeiro de pampa pobre.Na música,eles levantam a questão do herdeiro de pampa pobre,que dessa pampa que falam a ele á história,não há nenhum vestígio.E eu pensei nisso.Realmente,o que nós temos sobrando são herdeiros de pampa pobres.Eu não sou herdeiro de pampa algum,talvez seria herdeiro do cerrado pobre,mas o conceito é válido.Porque as coisas cada vez estão mais ligados e tendemos a perder mais e mais o propósito de valorizar o que é nosso.Sentimentos como patriotismo ou bairrismo são considerados ignorâncias pela vanguarda jovem,na sua melhor essência.Infelizmente,para essa vanguarda.Eu me recuso a abrir mão dessa ignorância,e mesmo sendo herdeiro de um cerrado pobre,devastado pela influência do eixo rio-são paulo,abalado por um geraçãozinha burguezinha que fala que goiânia é uma roça asfaltada,ou uma roça grande,e praticamente enfraquecido pela nossa político agropecuária,que sofre os efeitos de tal escolha econômico,com o valor dos nosso grãos oscilando de acordo com a incompetência do atual presidente,eu tenho muito orgulho de ser goiano.Praticamente não há sentido algum em tal preferência.Talvez,mas sinto muito orgulho de tudo isso,e muito amor por coisas como música sertaneja ou o goiás esporte clube.Pra falar a verdade,se jogar o goiás e a seleção brasileiro,com certeza torcerei para o goiás.Mesmo com todos os desapontamentos comparados com outros grandes times do brasil,Mas afinal,como diz o nosso belo hino,
o amor pela nossa bandeira é para nós a maior vitória.Faço dessa uma constante.Porque creio que assim conseguiremos vitórias maiores que indiretamente refletirão em nossas vidas.E como diria a música.Porque eu não quero deixar pro meu filho a pampa pobre que herdei dos meus pais.Pois bem,se for preciro,eu volto a ser caudilho,por esse cerrado,que ficou pra trás,porque eu não quero deixar pro meus filhos,o cerrado pobre que herdei dos meus pais.


Ouvindo,soldier of love,beatles live at bbc,1966,pra me poupar explicações.
e, http://www.youtube.com/watch?v=z8iLwwac4i4



pra acrescentar,herdeiro de pampa pobre.

http://www.youtube.com/watch?v=X5gue56zkzA


muito bom,vale ouvir.

abraços,
soldier of love.



postagem e texto de agosto de 2007.

Carapuça e Rima Pobre! [2]


CASTELO DE ESPELHOS

Nuvens negras passageiras
Sol a pino que não passa
Palmeiras ao vento, silêncio que fala
Hoje encontrei seu reflexo
Não foi o mesmo de outrora
Mas com brilho cristalino e encantador de sempre
Em meio às vozes destes corredores
Conto quantas vezes procurei sua aurora entre essas escadas
Cada encontro imaginado
Monumento em sorriso, estátua loira e bella
Beijo na face
Espelho que se quebra


GESSINGER EXPLICA!

"Há um muro de concreto entre nossos lábios
Há um muro de Berlin dentro de mim..."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Falta de inspiração compensada por música.

Por falta de tempo e inspiração não escreverei hoje. Pra compensar fiquem com o video da Piano Bar(ao vivo) no Programa Livre em 1992 http://www.youtube.com/watch?v=mZpWDrCWEaI . Meus sinceros pedidos de desculpas aos leitores e companheiros do blog.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Futebol de novo...

Não sou um sujeito muito criativo não. Na falta de assuntos mais interessantes, torno a falar do nosso glorioso esporte bretão. Pra começar bem começado, elogiarei aqui o homem das camisas indiscretas, um dos maiores volantes que vi jogar. É, ele mesmo. Dunga. Expliquemos adiante. No pouco tempo que acompanho futebol, já vi, como diria professor Girafales, ótimos, bons, regulares, ruins e até o Túlio Maravilha vestindo a amarelinha. Já vi nobres como Jackson, Carlos Miguel, Odvan, Amaral e outros tantos distintos praticantes do futebol varzeano na seleção. Ora chamados pelo velho Lobo, ora por Leão, por Luxa e até Felipão cometeu seus deslizes dignos de Givanildo. Dunga, tirando um cidadão careca e cabisbaixo chamado Afonso Alves, vem fazendo boas convocações. Quem desses frequentemente convocados não merece estar lá? E quem, além desses que aí estão, merecem estar lá? Não vejo nenhuma injustiça merecedora de vaias de minha parte. Não estou dizendo que o Dunga é o melhor treinador do Reino de Deus não. Somente está fazendo boas convocações. Precisa pegar aulas de tática com o mestre PVC (Ah, saudoso Pópis...), mas creio que com o tempo ele aprenda. Vejamos, Brasileirão realmente acabou, parabéns Muricy. Chega de futebol, falando agora de música. Ganhe alguns dias de vida ouvindo "Pose", dos Engenheiros. A original, do GLM. Vale uma Coca-Cola. Nova dica de moda para a senhorita fã do nosso blog: Calça branca e cabelos curtos, combinação perfeita. Agora para o senhor de meia-idade, dica de saúde: aumente o consumo de carne branca. Parda e mulata também. Principalmente depois das refeições. Pra quem estranhou a discrepância no padrão linguístico entre minhas duas postagens, estou atendendo a pedidos. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Is this the real life? Is this just fantasy?







Essa frase da abertura de uma das melhores músicas de todos os tempos ( Bohemian Rapsody ) é a síntese da minha vida. Meus conceitos de existência nessa vida remetem aos meus dois anos de idade em que eu já me perguntava se não era possível, assim como eu sonhava, que essa vida fosse o sonho de um Plínio em algum outro lugar adormecido. E confesso, que até hoje não sei a resposta.
Ao me deparar com 20 anos de idade as duas e meia da manhã de um domingo escrevendo no computador, é como se as palavras fossem um espelho, e me sinto um fracassado. Me faltam palavras para explicar aos meus melhores amigos na mesa de um buteco qualquer como eu me sinto. Cada nova etapa da minha vida me serve para me mostrar como eu sou apenas mais um. Just another brick in the wall. E essa é a minha maldição.
Ser medíocre é o fardo que carrego que pesa toneladas massacrantes em minha alma. Não tenho talento algum, não sou um cara legal, sou um péssimo filho, e a maioria das pessoas que eu amei eu deixei pelo caminho. Na boca em vez de um beijo um chicle de menta e a sombra do sorriso que eu deixei, numa das curvas da highway.
Sempre me pergunto em qual parte do caminho que o meu sorriso ficou para trás. Em qual curva rápido demais dessa minha metamorfose ambulante que a minha inocência e capacidade de acreditar e satisfazer caiu pra fora do carro.
Eu sou um kamikaze incapaz de ir a luta. Um samurai que jamais cometeria harakiri. E um espartano que jamais morreria com alegria nas termópilas. Eu sou um bosta. O meu egoísmo me consome. Eu me sinto a sakura que insiste em não cair quando o outono chega. E por viver em função disso, nunca chegarei a me abrir, ou mesmo haverá beleza em mim.
Tenho apenas a certeza da solidão da minha cidade nas ruas de um domingo a noite, as minhas crenças perdidas por razões insignificantes nos meus 20 anos de idade, e que serei mais apenas um cidadão não respeitado. Que provavelmente não se casará e não terá filhos lindos. Destinado a seguir um caminho sozinho e medíocre. Serei apenas parte dessa força gigante que nos cerca, e amanhã serei parte da terra, das plantas ou algo pior. Não sou nada, nunca serei nada, e a parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Enquanto isso algum piano toca solitário em algum bar vazio com fumaça no ar, carregado pelo sentimento da saudade de um amor que nunca se viu.

'all the lonely people, where do they all come from? '

domingo, 23 de novembro de 2008

Equipe do Hawaii

Olá a todos os leitores deste blog maravilhoso que acaba de nascer!

Bom, hoje completamos uma semana desde a inauguração do blog, uma semana de conversas que vão desde uma análise sobre o campeonato brasileiro de futebol e o sentimento anti-São Paulo Futebol Clube (bambis) até uma pequena demonstração da paixão de alguns de nós pela musica dos Engenheiros do Rio Grande do Sul, passando por um poema de autoria do fundador do Blog, outro de Vinicius de Moraes, que por coincidência me remete a lembranças pessoais, e por uma história kafkaniana que, eu juro, achei que era sobre sogras! Não podemos esquecer é claro que um tal “soldado do amor” estava tão ocupado em suas flatulências que não pode postar.

O ponto disso tudo é mostrar o quanto nossa equipe de colaboradores pode ser boa, abordando diversas temáticas e agradando a todo tipo de leitor, claro que não somos perfeitos, longe disso, vamos nos aperfeiçoando ao longo do tempo. Os privilegiados serão vocês leitores que nos acompanham, e os poucos que entram na rede para ler as bobagens que escrevemos hoje, poderão um dia comentar com os amigos, “Sabe aquele jornalista que ganhou um premio da BBC? Eu lia textos dele quando ele ainda era estudante” hahaha!

Eu contribuirei para este blog toda semana, com textos de todos os tipos, falando sobre futebol, política, entretenimento, jogando conversa fora se faltar tema, mas sempre buscando qualidade, pra mim isso aqui é sério, e mesmo que tenhamos sempre os mesmos poucos leitores e colaboradores, estes terão um conteúdo de qualidade, E acho que falo por todos nós da equipe de jornalistas do Hawaii!

p.s.1: Verdão rumo à Tókio 2010!!!

p.s.2: O plínio vai comprar um mês que vem!

Para saber mais sobre mim: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=5283364435155803279

E viva a Ponte Preta!!!!

O começo

Para começar peço desculpas pelo fato de que o meu post é sábado e devido a motivos de força maior não teve como postar ontem.Começo então postando num domingão com uma música do Engenheiros do Hawaii, que é uma das minhas preferidas e de grande parte das pessoas que gostam da banda. Segue abaixo o video e a letra da música.


http://www.youtube.com/watch?v=rwfHvzVJJsg

INFINITA HIGHWAY - ENGENHEIROS DO HAWAII

Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto,
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos nem objetivos
Estamos vivos e isto é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo desta estrada
Olhe só! Veja você
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E, à noite, eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que já sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway

Escute garota, o vento canta uma canção
Dessas que a gente nunca canta sem razão
Me diga, garota: "Será a estrada uma prisão?"
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Se tanta gente vive sem ter como viver

Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde quer chegar
Estamos vivos sem motivos
Mas que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entre linhas do horizonte
Desta highway(?) Silenciosa highway

"Eu vejo um horizonte trêmulo
Tenho os olhos úmidos"
"Eu posso estar completamente enganado
Posso estar correndo pro lado errado"
Mas "A dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo "Não corra"
"Não morra", "Não fume"
"Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes"

Minha vida é tao confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute garota, façamos um trato:
"Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato"
Eu posso ser um Bealte
Um beatnik, ou um bitolado
Mas eu não sou ator
Eu não tô à toa do teu lado
Por isso garota façamos um pacto:
"Não usar a highway pra causar impacto"

Cento e dez
Cento e vinte
Cento e sessenta
Só pra ver até quando
O motor aguenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway

Comentem sobre a música.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Escrevinhar


Bem, bem, bem. O blog já está para lá de descabaçado. Somos todos participantes da tal blogosfera, e sabe o que isso significa? Nada. Portanto, sigo as escrevinhações com um dos raros textos que consegui terminar:

A Morte

Estava ele sentado em uma cadeira não tão velha quanto a mesa de madeira que seus avós ganharam quando se casaram, nela batia os dedos um após o outro, impacientemente. A ansiedade tomava conta do seu corpo, os seus músculos estavam fracos e os seus ossos pesavam como nunca. Estava com mesma sensação que teve quando o Brasil disputou a final da Copa de 94, aquele frio na barriga e o tempo passando lentamente. Encostou o lado direito do seu rosto naquela mesa fria, como era boa essa sensação, despertava uma leve euforia dentro do seu corpo baleado por um misto de emoções. Nesse momento formou-se o esboço de um sorriso em seu rosto que ostentava uma expressão melancólica já fazia algum tempo.
Ouviu o ruído da fechadura do quarto de sua avó ao abrir. E enquanto o doutor que saia de dentro do quarto lentamente e com um olhar triste fechava a porta, K, esse era seu nome, fechava os olhos e respirava fundo como se fosse a última vez. Ainda meio zonzo de tanto ar levantou, firmou o braço direito na mesa até o doutor chegar até ele.
- K, infelizmente ela... – dizia o doutor, como se tivesse um nó na garganta. Foi quando K o interrompeu: - Não acredito! - com os olhos brotando algumas lágrimas.
- Sim, ela está viva!
- Como pode, doutor?! Ela já está com 85 anos! – replicava K, num tom de desespero.
- Eu sei disso, não é algo normal, mas... – nesse momento o médico, que também era amigo da família, ficou sem palavras, e sentia aquele nó na garganta aumentar.
- E como ela está? - perguntou K, fechando os olhos na tentativa de não deixar as lágrimas escaparem dos olhos e escorrerem pelo seu rosto.
- Amargurada por ainda estar respirando. Você sabe, ela acreditava que desta vez...
- É! - interrompia K o médico antes que ele conseguisse completar a frase. – Eu...eu sei.
Eles ficaram ali olhando para o céu acinzentado por alguns minutos. Então o doutor seguiu para sua casa. E K seguiu para sua vida. Enquanto sua avó seguia esperando a morte, que parecia querê-la como um enófilo degusta o vinho.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Começo participando desse blog com um poema de Vinícius :

"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão "
(Vinicius de Moraes)

Pazz!!

Carapuça e Rima Pobre!

MAIS UMA DE SEMANA

Sexta á tarde
Domingo de madrugada
Até na segunda, a mesma cilada

Mais uma
que se perde no ar
Algo para a raiva passar?
Que seja no bar

O destino mostra o "escolhido" que sou
A pagina que virou
A verdade que ninguem me falou

Coisas que acontecem sem eu saber
O tempo que perdi sonhando
Mais uma que tenho que esquecer

Rafael Rabelo

Gessinger explica!
"Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone..."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sou alienado, mas sou de primeira!

Eu que falei nem pensar, agora escrevo para esse blog “descabaçado” pelo Monta’s, o Pop. Enquanto ele escreve em dia de segunda divisão eu escrevo em dia de primeira por falar em segunda o vilinha dele continuara lá. Já eu “alienado pela mídia” como dizem todos os outros membros do blog vou ter que me contentar com uma vaga na libertadores do Palmeiras e com título de campeão brasileiro do Grêmio, pois ver a bicharada campeã novamente não dá. Deixando o Brasileirão de lado, hoje tem jogo da Seleção que já não causa tanta empolgação. Pra piorar tudo vai faltar aquela cervejinha, pois sou o eterno motorista da rodada, pô galera tira essa m.... de carteira logo, eu quero beber!
Bem que a resenha poderia acabar no “Luz” pra galera poder relaxar depois do jogo da Selenike, lá pelo menos sabemos que elas não foram desvirginadas pelo Monta’s apesar de falarem por ai que o Monta’s não poupa ninguém.
Pra moxézada que vai escrever amanhã fica um lembrete. O pessoal do blog ta desconhecendo o Leãozinho, desse jeito ele vai fazer a chinela cantar. Ontem foi dia de o Papa é Pop, hoje quem manda é Refrão de um Boleiro, ops Bolero. “Os minina ó nóis aqui!”.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Segunda na Terça...

Terça-feira é um diazinho inconveniente, hein? Não tem CQC, e ainda está longe do fim de semana. E quando tem futebol, é segunda divisão, onde meu time está e provavelmente ficará. Pra salvar essa terça, só uma cerveja Czechvar bem gelada. Ou sexo. Ou os dois. Estava dando uma folheada no jornal, vi que os Bambis estão muito perto de faturar o terceiro caneco seguido. Puta que pariu! Um time cascudo, joga feio, é obediente, não tem um craque sequer e ainda é organizado! Futebol brasileiro está uma bela de uma porcaria mesmo. Esse é Brasileirão mais fraco tecnicamente que eu já vi. E o mais nivelado. Pelo menos isso. Olha só que importante, estou desvirginando o blog! "O Monta's é pop!" Rá. Nobre companheiro, o senhor acompanhou as eleições dos despudorados porcos capitalistas (EUA)? Viu o Negro Jobs Obama (Pai do Lewis Hamilton) e o John McCain com fritas entrarem em contenda nos debates? Pois é. Agora já falam em aliança blá-blá-blá. Estranho, não? Fodam-se eles. E o terceiro uniforme do Goiás? Viu? Legalzinho. E o do Vila? Legalzinho também. Só falta o do Dragão, o bicampeão da série C. Beleza, beleza! Mudando de assunto, a revista Playboy tá de sacanagem com os assíduos leitores. Cláudia Ohana, de novo? Queremos a Bunda-Pêra na Playboy! Pra senhora ficar alegrinha, dica de moda: abuse das listras horizontais nos acessórios, como tiaras e bolsas. Como você também. Ou não. Ui. Música do dia: O Papa é pop. Deles, é claro.

Olá...

Começa hoje o nosso blog "Jornalistas do Hawaii": música, futebol, cinema, bobagens, poesia e poemas. Aqui a RESENHA vai ser forte!

Segue os vagabundos...
Segunda-feira: Pedro Henrique Malta Martins (Gordim)
Terça-feira: Yuri Montanini (Monta's)
Quarta-feira: Luís Gustavo (Valdívia)
Quinta-feira: João Paulo Lobo (Pablito) e Rafael Rabelo (Jardel)
Sexta-feira: Leandro Gel Sousa(Vein) e Plínio Lopes (Cabeção)
Sábado: Marco Antônio Fernandes (Rozenwas)

Abraços fraternais!

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