quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mea (Meia) Culpa e boa música.

Boa Noite!

Pra começar já deixo uma dica, desliguem suas TV's das tomadas, porque os raios e trovões sobre o morro do Mendanha estão iluminando a noite desta quarta-feira sem graça. Nenhum jogo bom para se assistir, mas de que adianta se desliguei a TV?!? Ixi, vou escrever rápido pra desligar o computador! SIC

[...]

Após esse começo ridículo, vou direto aos assuntos! Primeiro quero pedir desculpas aos amigos do JorHaw, como disse a Isabella em uma postagem anterior, estou realmente "relapso" com as minhas escrevinhações. Por vários motivos assim estava, falta de tempo e preguiça, confesso. Faço aqui minha Mea Culpa. Prometo que terei mais atenção com a frequência das minhas postagens. Pois bem, vou fechar a noite com duas canções que achei perdidas por aí no YouTube, ambas da banda cujo nosso querido blog, homenageia com o nome. Ambas também, com a banda já no formato acústico (época não menos valorosa na história dos Engenheiros).

A primeira é do ano de 2005, onde os Engenheiros do Hawaii voltaram após 20 anos ao festival Rock Grande do Sul, evento no qual se apresentaram nos primórdios da banda. Ainda na turnê Acústico MTV, Gessinger ostentanva um corte bem menos exótico (raridade). A música em questão, é uma nova versão das canções "Segurança" e "Sopa de Letrinhas" (ambas do primeiro álbum da banda: "Longe demais das capitais"). A combinação do refrão de "Segurança" e as rimas metafóricas de "Sopa de Letrinhas", ao som de um Bandolim de muito bom gosto, fazem dessa versão uma nova canção.



É possível ver no minuto 2:25, que a mistura deu liga (é só ver a cara de satisfação do Humberto, huahuahuahua). Já no segundo 43', a TV UOL comete uma gafe, colocando que a música é "Ando Só".


O segundo vídeo é da canção "Mapas do Acaso", gravada no Bem Brasil da TV CULTURA, de 2007. Neste, Humberto apresenta seu meteórico look Senhor Madruga. Diferentemente da versão original (do álbum "Filmes de guerra, Canções de amor", o melhor da banda na minha opinião), esta tem o ritmo mais acelerado, além dos teclados e o som acústico dos violões, bem diferente outrora, da guitarra semi acústica de Augusto Licks.




No mais, 3 a 0 pro meu Verde nessa quinta, porque "se depender de mim, eu vou até o fim!"

É isso.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um Abraço..?!

Quem inventou o abraço?

Talvez, seja mesmo só um abraço
Talvez, seja mais que um abraço
Às vezes não se entende um abraço...
Mas o que importa é o entrelaço dos braços!
Tão singelo e natural
Tão cativo e tão romântico
Tão forte que nos leva ao conforto
Passe um braço, e passe ao outro
Às vezes é o que mais se quer
E é sempre indispensável
Calam-se as bocas
Unam-se os braços
Abraço bem demorado
Aquele que sustenta
Que apóia outro corpo
Que não se nega, e que é dado...
Abraçar é mais que um ato
É coragem, pra dizer: “eu preciso de um abraço”
Abraçar ultrapassa limites
Do corpo, da alma, da vida
Amor só é quem abraça...
E nesta vida de beijos e abraços
Que transforma, e até nos leva embora..
Quem será que inventou o abraço?
Estava ele carente, feliz ou cansado?
Mas que com um abraço se sentiu amado..
Ele só se esqueceu de um detalhe,
Que nos deixa saudade e lembrança,
Mas há, quem caminhe pela esperança..
Ah! O abraço... Como se quer que o tempo pare nos braços.
(Por Vanessa Mayane)



Bom, hoje resolvi postar o que eu chamo de "minha teoria do entrelaço dos braços", que escrevi já há algum tempo, mas que releio sempre que sinto vontade do abraço de alguém especial, de alguém que mora longe, de alguém que já se foi. Sempre que tento entender como um simples "entrelaço dos braços" faria toda a diferença no meu dia. E percebo como é fácil e melhor não entender... Simplesmente sentir os efeitos de um bom abraço. É uma experiência onde nos permitimos a troca, ninguém ganha, ninguém perde, apenas compartilham as mesmas sensações. E o ser humano é cheio disso... cheios dessa coisa de "sentir". Por isto, hoje de forma simples e singela, eu compartilho este "poema", aqui com vocês.




Me permitam indicar um livro?! Então galera, terminei de ler um livro que me deixou bastante tocada, A Cabana. Eu não podia deixar de recomendá-lo aqui. Estou convencida de que é um livro que merece ser lido. Enfim, não crie expectativas, às vezes quando esperamos muito de alguém ou de alguma coisa, podemos nos decepcionar. O ideal é ir disposto a uma boa leitura, a conhecer a história que o livro conta, sem pré-opinião formada. Leia, conheça e tire suas próprias conclusões. Eu simplesmente o recomendo porque ao fim da leitura, achei fantástico.

A Cabana - William P. Young (1º lugar na lista dos mais vendidos do The New York Time).


“Intenso, sensível e profundamente transformador, este livro vai fazer você refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por nós e o sentido de todo o sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.”



Hoje, fico por aqui, desejo a todos uma excelente semana e deixo aquele ABRAÇO..

=**


sábado, 26 de setembro de 2009

Rufião

Rufião, o gato, pulou do muro para dentro de um latão, onde avistara lixo fresco. Deliciou-se por alguns minutos e, nauseado, percorreu as ruas da cidade negra. Na verdade não era negra, mas cinza, como todas as cidades; mas a penumbra era a única coisa que se via longe dos postes de iluminação – muitos deles queimados – e das casas que madrugada adentro, teimavam em permanecer acordadas, à espera de algo que pudesse mudar sua sorte. A lua, pálida imperatriz das sombras, olhava altiva para as coisas em movimento, e delas zombava por possuir luminosidade muito mais resplandecente que qualquer pobre mortal – esquecendo-se, porém, que só possuía a luz roubada do sol.

Rufião observou um rato em um canto, segurando um troféu – salame – conseguido, com muito custo, na cozinha daquela velha de chinelos, sempre chorando a morte de seu filho, há mais de 20 anos. Andava incansavelmente segurando uma vela, pelos corredores da casa, cheia de memórias e lágrimas, chiando as pantufas esfarrapadas no piso frio. O rato já se garantira por aquela noite. O amanhã era o amanhã. E ponto.

Com passos leves – ou será que flutuava? – Rufião espiou um pintor vazio, dando pinceladas sem cor em uma tela em branco, a qual chamou “Auto-retrato”. Mas nem sempre foi assim, e talvez ainda não seja; mas o pintor continuava, lentamente, pintando toda a sua falta de perspectivas. Onde foram parar suas Giocondas e Guernicas? Escondiam em seus sulcos cerebrais, cruelmente, fugindo de qualquer neurônio que as quisesse colocar à tona.

O gato continuou e contemplou a derradeira imagem, anterior à aurora. Um senhor de barba e cabelos grisalhos e desgrenhados, magro e maltrapilho, levantava do chão e regia uma sinfonia imaginária – talvez uma saudação ao sol, ainda oculto. Decidira limpar as cinzas de sua cabeça e livrar-se dos sacos que vestia. Dançou sua própria música. Arranjou um pedaço de pão e lembrou de sua velha casa. Como esquecera que tinha um lar, uma família, por tantos anos? Porque se sujeitara a uma reclusão às avessas, a céu aberto? Desembaçou os olhos e viu que os gigantes que o vigiavam e subjugavam eram apenas sombras de edifícios, assim que o sol começou a subir. Voltou ao lar. Também Rufião voltou ao beco e adormeceu.


*Dedicado ao grande amigo delki8*

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mamonas Assassinas!




A mais recente moda agora é comprar um celular que toca mp3 e deixar tocando no ônibus. Já ouvi de tudo que se possa imaginar. Já fui para o trabalho espremido na porta sete da manhã ouvindo de Racionais, Bonde do Tigrão a Milionário & José Rico. E ontem voltando tive a agradável surpresa de ouvir Mamonas Assassinas. Essa banda que marcou minha vida e minha infância.
Já faz mais de 15 anos que Alecsander Alves ( Dinho) , Alberto Hinoto, Júlio César ( Júlio Rasec ), Samuel e Sergio Reis de Oliveira ( Respectivamente, Reoli ) conquistaram o Brasil com seu rock cômico passeando pelo punk e hard rock, música portuguesa, forró e sertanejo.
Me lembro perfeitamente em 1995/1996 de pedir um cd deles ao meu pai, ouvir,ouvir,ouvir,ouvir,ouvir e ouvir. De vez em quando ainda escuto. São singularmente engraçados e sensíveis a caricatura dos mais variados temas em suas músicas, do homosexualismo até os imigrantes nordestinos na grande São Paulo ( eles são na minha opinião um retrato falado cômico da São Paulo dos anos 90).
A banda começou com covers sérios e num deles deram oportunidade para a platéia cantar e então Alecsander Alves, que viria a ser o Dinho se voluntariou. A música foi péssima mas a palhaçada rendeu e por lá ele ficou. Ainda tenho o cd intacto do mesmo jeito que eu ganhei quando eu tinha seis anos. E se hoje eu escuto pink floyd,beatles e principalmente ENGENHEIROS DO HAWAII, foi porque um dia ouvi o som desses malucos, adorei e pelo rock eu acabei ficando.
Seu estilo é singular e comparável para meu gosto com grandes nomes do rock.. Inclusive em seu sucesso Meteórico. O Brasil inteiro e inclusive eu lamentamos bastante a perde desse incrível grupo, mas só o que é bom dura tempo o bastante pra se tornar inesquecível.

Memórias Aristocráticas.


Rio de Janeiro, 17 de outuro de 1871.


Olho pela janela de minha casa e vejo um alegre casal de jovens fazendo prováveis especulações. Talvez os instigue o aspecto mal cuidado da grama,as folhas no jardim ou as janelas sujas. Parecem tão felizes e distantes,tão distantes. Enquanto escuto o tique taque do relógio, olho para meu vestido simples, quase íntimo sem a menor condição de receber visitas. Me lembro de todas as visitas, os cafés pelo Rio ou Paris e de todas as músicas. Me lembro de você. No silêncio Beethoven me atormenta cruelmente puxando em cada nota um lágrima que insiste em não sair. Toco todos os dias "patética" do mesmo beethoven. Pelos móveis copos sujos de vinho e já quase não há copos limpos no armário. Revezo copos partituras e lágrimas. Lágrimas cruéis presas em minha garganta me lembrando a efemeridade de minha existênca, secas e eternamente cruéis.
De repente o casal sai de mãos dadas e sou abandonada ao meu infinito particular novamente. Penso o que me deixou assim... Lembro dos barulhos da cidade, dos jovens fidalgos desfilando em suas cartolas reluzentes e dos adoráves concertos. De repente num passe cruel em meu coração novamente ele, Beethoven, Beethoven! Toca e toca, "para elisa". Talvez a minha predileta por seu indescritível êxtase. Linda e sutil, suavemente agressiva. Me lembro das poesias que tanto meu leu em nossos melhores dias, e não há mais poesia em mim. O resto de poesia que sou capaz de absorver sai desse piano cruelmente tocado em meu coração.
Sua memória não sai de minha mente. Te vejo no nascer e por do sol, no cair das folhas e da noite. No casal de namorados que se assusta com o aspecto abandonado de minha casa. Não há mais poesia nessa vida. A poesia se foi e a vida ficou seca como as folhas do outono. As vezes me pergunto porque você se foi e nunca mais voltou. Amaldiçoando o resto dos meus dias. Mas para isso guardo o último sorriso em minha alma e digo a mim mesmo que se eu soubesse antes,o que sei agora, erraria tudo exatamente igual.

talvez em outra vida a gente se encontre,talvez a gente encontre explicação

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Muito prazer, meu nome é Isabella

Hoje é minha estreia declarada no jorhaw e estou emocionada! Tremenda responsabilidade a minha, uma vez que sou a única que não faz jornalismo e só escreve por amor, por ter muito que contar ou por ter visto muitas coisas que julguei valer a pena passar adiante. Pra mim, todo mundo sabe escrever, de um jeito ou de outro. Talvez falte o requinte de Lispector, o dom de complicar da Colasanti, ou simplesmente falte assunto para falar. Porque é isso que faz o escritor: criatividade, assunto ou sensibilidade para filtrar temas que constroem o cotidiano. Eu preferi, pra começar, não começar. Preferi, hoje, nesse blog de leituras prazerosas, mostrar um pouco da minha forma de escrever. Sim. Estou me limitando.
Dizem que eu tenho intimidade com as palavras, mas me encaixo melhor na afirmação de Gabriel García Marquez, num trecho extremamente autobiográfico de "Memórias de minhas putas tristes". Assim como ele, "não tenho vocação nem virtude de narrador, ignoro por completo as leis da composição dramática, e se embarquei nessa missão é porque confio na luz do muito que li pela vida afora. Dito às claras e às cegas, sou da raça sem mérito nem brilho, que não teria nada a legar aos seus sobreviventes se não fossem os fatos que me proponho a narrar do jeito que conseguir". Não tenho dom pra escrita, sei escrever de uma única forma, sem mistérios, com clareza e simplicidade para que você, ao ler, veja que também pode fazer isso; para que você veja que escrever é fácil, é gostoso e dá muito prazer. É quase tão terapêutico quanto quebra-cabeças para aliviar stress!! (pra mim, pelo menos) Não sei escrever poemas, poesias, e admiro quem os faz; não saberia nunca começar um livro fantástico como O dia do Curinga, O Código da Vinci, e até mesmo Harry Potter! Como disse a incrível escritora e também colaboradora desse blog, pretendo passar as delícias de ser e existir, usando como ponto de partida coisas que para mim são essenciais para uma vida bem vivida.
É isso aí, agora que eu não preciso de diploma (só pra sacanear vocês), eu vou, pretensiosamente, integrar esse "selecto" grupo, sem saber de forma ou métrica, tendo como únicos requisitos preenchidos, o amor pelo livro, pela música, pela escrita, pela cerveja e pela vida bem vivida. No mais, espero que me leiam em leituras próximas e menos excêntricas.


P.S.: Jardel, você anda relapso com suas escrevinhações!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Seguindo a intuição...


Bom, quando a coisa é nova assim, por mais que já tenhamos feito inúmeras vezes, a estréia sempre vai causar certo desconforto. Tudo pode parecer bem familiar, mas se existe algo novo no que nos propomos a fazer, seja o que for a ansiosidade é facilmente notada. É isso, eu estava “ansiosa super” para começar a postar. Fiquei surpresa com o convite do meu brother e futuro colega de profissão Montanini, mas não hesitei em aceitar, se posso é claro que vou colaborar. Confesso que até agora estou em dúvida sobre o que falar, o que abordar na minha estréia aqui no Blog. Então, até para que me conheçam um pouco, vou fazer de forma bem particular, como costumo e gosto de escrever naturalmente, sem rascunhos, vou escrevendo o que der na minha telha, ou melhor, na minha mente. Não vou me definir, nem definir um estilo para as minhas postagens, pois não quero me limitar, pelo menos não aqui. Gosto muito de escrever, sempre gostei. Escrever causa as melhores sensações de nostalgia possíveis na mesma proporção dos efeitos mágicos de uma boa leitura. Me alimenta. Me cura. E é isso que vou tentar passar, sobre as delícias de ser e existir, de se perpetuar através da escrita. De palpar, malear pensamentos, gostos, idéias e opiniões. Também já venho ciente que posso não agradar a todos os leitores e leitoras do Blog, é uma missão pouco provável, porém não é impossível. Estou aqui por simples prazer, satisfação em escrever, em colaborar com algo que me fascina e me faz tão bem. Me pediram para falar sobre o universo feminino, já vou logo avisando que segundo o Professor Dr. Marcus Minuzzi, o universo feminino é insondável, é vasto e tem várias nuances. Acredito nisto. Acredito que dentro de cada mulher há um universo bem seu, bem particular, terrivelmente prático e ao mesmo tempo divinamente romântico. Portanto, por inúmeras vezes complexo, incompreendido e quase perfeito. Eu sou mulher, prezo a delicadeza, a feminilidade, diria até que a fragilidade. Gosto de atenção e de ser cortejada. Mas sem frescuras, gosto, mas não torno isso uma necessidade! Mulher não precisa ser fresca! Ao mesmo tempo em que ressalto todas essas características tipicamente femininas, afloro o conjunto de forças que existe dentro de cada uma de nós, mulheres. Modo de se vestir, modo de conduzir os relacionamentos, modo de se limitar e se permitir, de levar e encarar a vida... Enfim, cada uma ao seu modo, para mim não existe regras para se estabelecer modos. Basta ser autêntico. E isso não difere no universo masculino. São seres que como insisto em dizer, se merecem! O homem com seu eterno instinto voraz, e a mulher com sua sublime intuição. O caminho é não traçar caminhos! A verdade não é a que está fisicamente por fora, mas a que está intimamente impregnada em nossas almas. Sentimentos. Não existe razão, existe mistério, e o que nos move é a curiosidade de estar sempre descobrindo, experimentando e evoluindo. Aqui não quero ser a resposta. Eu vim para ser a pergunta. É isso que impulsiona, é ai que entro e me sinto a vontade. É exatamente neste ponto, que algo me diz que vale a pena acompanhar o ritmo, a canção, a sintonia. Acredito que valha. E isso é só intuição.




P/s:
Obrigada pelo convite Yurii! ;)
Então galera, aceito sugestões, dicas, críticas construtivas e comentários para saber o que vocês pensam também!! Até a próxima terça!!! Bjo bjo bjo =**

Vanessa Mayane.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009



Ao entrar no blog com essa cara nova me lembrei de uns episódios bastantes singulares de minha vida envolvendo máquinas de escrever. Aqui em casa sempre teve uma e outra, bem antigas diga-se de passagem, herança talvez do período jornalista de meu pai. Daí pensei um jeito legal de começar o texto, que é mais ou menos assim:

No início Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma, vazia, escura e coberta de água. E com 12 anos eu li Bukowski. Veja bem, ele é um desses filhos da mãe que você se nega a compreender a genialidade e importância assim como Nietzsche, Kafka e outros esquisitos por aí. Mas aí um dia você entra em um blog vê uma máquina de escrever e o invisível te salta aos olhos.

Me lembrei de quanto então com uns 17 anos, em uma daquelas crises nostálgicas após assistir quase famosos resolvi então que iria escrever com ... uma máquina de escrever!
Então lá ia eu, sozinho em casa como fiquei bastante na minha adolescência, com um cinzeiro abarrotado de Marlboro vermelho sentado frente a frente com a máquina de escrever. Era encantado com a idéia do velho louco por trás da máquina de escrever fumando seus cigarros e sem o menor receio de falar de tudo aquilo que lhe dava tesão. Que escreveu falando de gozar para uma criança de cinco anos. Um louco. Era encantado com o personagem William Miller digitando seu retrato de uma américa do norte nos anos 70 ao embalo do Led Zeppelin. Queria cantar em versos sutis as viagens por Goiás,Tocantins com meu pai. Falar do pouso nas estradas e das prostitutas que nunca saíram de minha mente em Foz do Iguaçu. Era encantado com aquela filha da revolução industrial que confidenciou Fernando Pessoa a Bukowski. Queria ser um deles.


E após algumas marteladas cheguei a conclusão de que não ia rolar. Aquela parada era desconfortável demais. Percebi então que a nostalgia dos meus heróis (diga se de passagem politicamente incorretos) não poderia ser revivida. Nunca poderia ser louco como Bukowski ou lendário como William Miller. E o que poderia ser feito a respeito era apenas viver para que um dia então,houvesse nostalgia de sobra então para lembrar, dignas das páginas de Bukowski ou da trilha sonora de quase famosos. Que era preciso viver intensamente.


E agora eu pago meus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez.

Batom no JorHaw

Boa noite, senhoras e senhores que acompanham o blog mais versátil e másculo da blogosfera! Tudo bem? Cachorro miando, gato latindo, tudo normal? Beleza, beleza.
Eu sei que pelo menos uma vez na vida você já se perguntou: "Por que que nessa porcaria de blog só tem macho escrevendo? Não tem uma moça sequer?" Pois bem. Eu sempre me perguntei a mesma coisa. Mulher, o ser mais lindo que o homem lá de cima criou, a perfeição que serve, entre outros fins, para a reprodução e perpetuação da espécie e amolação do bicho homem, por que raios não tem nenhumazinha no blog?
Não tinha, meus caros. É com imenso prazer que confirmo que não apenas uma, mais duas mulheres começarão a postar no Jornalistas do Hawaii. Contribuirão com seus pitacos carregados de beleza, que vamos e convenhamos, são duas lindas mulheres, que além da formosura, são excepcionais no traquejo com as palavras. Competentes, colocarão temas que eram pouco abordados pelos barbados de outrora, como o coração feminino e a alma de cada uma, suas vivências e experiências, deixando esse blog mais heterogêneo e atrativo. Você, Bringel, Palmerston, Preda, Góes, Domaris, que de vez em quando dá uma passadinha por aqui, com certeza se identificará com as duas novas colunistas, que, de início, são responsáveis pelas postagens de terça e quinta.
É com a maior satisfação possível que anuncio as duas novas colunistas, Vanessa Mayane, responsável pela terça-feira, e Isabella Lemes, pela quinta. Fiquem com Deus e... e Rá!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Teste de Elenco - O Filme

Fazer filme no Brasil é algo complicado, temos bons atores, bons roteiristas, bons diretores, mas falta verba, dindin, grana, cascalho, bufunfa. Se para diretores que já estão no mercado a muito tempo já é difícil conseguir patrocinadores, imagine para os novos, que acabam de sair das faculdades, cheios de idéias na cabeça e com pouca grana no bolso. Para resolver esse problema, alguns diretores vão atrás dos patrocínios, jantam com o possível patrocinador e até arriscam ver um jogo do Vasco pela TV. Outros, vão além...
Esse video faz parte do longa (ui!) “Teste de Elenco”, de Ian SBF e Osiris Larkin, que tem no elenco o cara que pegou na maçaneta, girou e abriu a porta ator e humorista Fábio Porchat. Para mais informações entre no blog do filme: http://testedeelenco.blogspot.com/

Bônus++
O trailer:

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meu lado destrutivo cresceu consideravelmente




Hoje, 14 de setembro, aniversário da mulher que de uns tempos pra cá me acompanha na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza (mais na pobreza, claro), no frio e no quente, na cachaça e no leite de soja. Amy Winehouse, parabéns pelos seus 26 anos, eu sei que você está muito ocupada e não vai ler isso aqui, mas eu posso dizer que, sim, você me deixa mais feliz e eu te acho linda, linda mesmo. Mesmo desdentada. Você é espetacular no que faz e isso me atrai o suficiente pra eu comprar qualquer coisa relativa a você. Realmente, eu torço pra que você saia dessa e seja uma pessoa feliz, e, por favor, não morra tão cedo, porque se morrer, eu choro e perco uma aposta. Um dia eu te pego do meu jeito, viu? É. Isso mesmo.







'Gostaria de dizer que não me arrependo, que não há dívidas emocionais. É difícil colocar as coisas em ordem com a sua voz na minha cabeça. Como se você estivesse lendo meus pensamentos. Pelo menos não estou bebendo, ando por aí então não preciso pensar em pensar. Mudou a cor do seu cabelo? Amanhã é um novo dia, e eu vou ligar para você, porque estará tudo certo, nós dois sabemos o que é isso. Como uma coisa engraçada, mas toda vez que está perto de mim, eu nunca consigo me comportar. Porque eu tenho bebido, mesmo assim gosto de saber o que você faz. Eu não quero beber nunca mais, e eu penso em todas as coisas que você está fazendo. Porque quando a gente se despede, o sol se põe. Nosso romance acabou, a sua sombra me cobre, o céu é uma chama que só os amantes vêem. Eu nunca vou me deixar esquecer você. Bagunçamos um ao outro, você sabe... Então eu sinto muito se frustrei você. Eu te amo tanto, isso não é suficiente. Onde está a moral da história?'



Texto escrito utilizando trechos de canções de Amy Winehouse.






Fala sério, ela não é linda? Amy, vou te tatuar em mim!

domingo, 13 de setembro de 2009

"Relatorioso"



Brasília, 1° de janeiro de 2003.
Através deste venho relatar a posse do 35° presidente da Republica Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
1. Cerca de 10h da manhã, 1° de janeiro de 2003, acordei e o clima estava seco, a baixa umidade do ar de Brasília.  O muco (também conhecido como “meleca”, “ranho”, “titica” e etc...) produzido pelas glândulas do meu nariz estavam secos. Ressecado e ardendo meu nariz estava já as 10 da manhã, logo percebi que o dia não seria muito bom.
2. Por volta das 11h já tinha tomado meu banho matinal, me alimentado e vestido minhas roupas. Já estava pronto para enfrentar a longa tarde da posse do Luiz Inácio Lula da Silva a presidência. Peguei um ônibus rumo ao Congresso Nacional. O motorista corria muito (o que fazia o veículo balançar mais que bunda de popozuda em baile funk).
3. Nas proximidades do Congresso, o clima era o mesmo: seco e o sol escaldante. Mas Brasília, essa não era a mesma. Uma multidão espalhada na Explanada dos Ministérios já aguardava ansiosamente o início da cerimônia com suas camisetas vermelhas, bonés vermelhos e bandeiras vermelhas que balançavam incansavelmente. Até me lembravam as torcidas de times de futebol nos estádios brasileiros. Os ônibus não paravam de chegar dos quatro cantos do Brasil. Os jornalistas também estavam ali, alguns em áreas credenciadas, outros não, de toda parte do mundo, já ficavam de prontidão com suas câmeras, microfones, ternos e terninhos, naquele sol de fritar ovos no asfalto.
4. Ouvi gritos de regozijo, todos festejavam o operário nordestino que venceu as dificuldades que a vida colocou diante de seus olhos, pulou alguns obstáculos, outros passou por baixo, e após 12 anos de persistência e de mudanças, de discursos e roupas mudados e pêlo tosado, chegou ao poder.
5. Por volta das 16h entra o presidente Lula e seu vice, José Alencar. Estavam cercados por batedores, protegidos pelos Dragões da Independência, exército, aeronáutica e... marinha (?!). Ambos, o presidente e o vice, estavam em pé no banco traseiro de um Rolls Royce, presente dado ao Brasil, na época representado por Getúlio Vargas, pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Sim, essa mesma “velha senhora” de cabelos brancos que ainda hoje vemos por aí nos telejornais (God save the Queen!). Essa versão de presente é contestada, a quem diga que Vargas, na verdade, comprou o veículo.
6. Por incrível que pareça, o povo ainda tinha voz para gritar e exaltar o presidente das massas. Confesso que assustei com tamanho fôlego da parcela da população brasileira lá presente. Alguns diziam que essa força vinha de uma fonte de esperança que brotou em cada um, diante da vitória de Lula, já chamado de “sapo”, pejorativamente, sobre o “príncipe” (?) (que mais parecia ter um rei na barriga) e ex-presidente, Fernando Henrique.
7. As pessoas continuavam a gritar (as vezes me lembravam tietes que viam seus ídolos ao vivo pela primeira vez) e o presidente com um sorriso perdido em meio sua barba, bem mais cuidada do que alguns anos atrás, fazia acenos de cumplicidade a população presente.
8. De repente escutei um barulho que saiu do meio da multidão, que não era aplausos, nem gritos, mas se assemelhava com o barulho de fogos de artifício, mas fogos de artifício não haviam ali. Não eram permitidos. Em milésimos de segundos o presidente desmontou no banco traseiro do Rolls Royce, com uma mancha vermelha no lado esquerdo do seu crânio. Enquanto isso simultaneamente, José Alencar, abaixou e com os braços sobre a cabeça parecia se proteger de um desmoronamento. Era uma bala que alojou nos miolos presidenciais de Lula, e o sangue espirrou por toda parte, nos bancos do carro inglês, no motorista, que também ostentava um bonito traje, e no vice-presidente.
9. Olhei para o lado tentando identificar o autor do crime, o que vi foi algumas pessoas ajoelhadas chorando gritando, barulho de sirenes, Dragões da Independência estáticos  bobos, pessoas sem-reação, chamadas ao vivo das emissoras, repórteres e câmeras correndo em meio a multidão. Podia ouvir o grito de tristeza entoado por uma multidão desolada pela morte da esperança com um tiro na cabeça em um carro de luxo, de 1953. Tudo parecia cenas de um filme Hollywoodiano. O clima era seco, o sol escaldante, mas Brasília, essa não era mais a mesma.       
Sem mais para o momento.
Atenciosamente, Leandro Gel

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pelo menos dessa vez, o Brasil está a frente

É indubitável que o melhor futebol do mundo é o brasileiro. Nossa sala de troféus basta pra comprovar isso. Mas, quando se fala em organização, o glorioso esporte bretão ainda deixa a desejar. E muito. Confrontos entre torcedores, invasões de campo e problemas financeiros enfraquecem o Campeonato Brasileiro.
Recentemente a CBF, entidade que rege e corrompe o futebol nacional, propôs a mudança do calendário do futebol brasileiro. O "Brasileirão" começaria a ser disputado em agosto e terminaria no primeiro semestre do ano subsequente. Ou seja, não teríamos um campeão brasileiro de 2011. Seria campeão da temporada 2010/2011. Ou da 2011/2012. Péssima piada da CBF.
A alegação do larápio nababo Ricardo Teixeira, presidente da CBF, é de que, caso o calendário futebolístico brasileiro se adapte ao europeu, a janela de transferências internacionais não faria tantas vítimas durante a competicão. Lógico que não, levariam nossas jóias raras, jovens promessas antes do torneio começar. Já começaria fraco. Creio que qualquer aficcionado pelo futebol prefere um campeonato forte até agosto, que após a janela perde em técnica e ganha em tática e disputa, do que uma competição fraca do início ao fim.
Outro aspecto a ser levado em conta é a extensão territorial e quantidade de clubes. Apenas no estado de São Paulo temos mais clubes que na França inteira. Supostamente, os estaduais perderiam o charme, sendo disputados por times "B" e jogadores muito jovens.
Nas entrevistas que Ricardo Teixeira concedeu sobre esse assunto, afirmou: "Será um avanço para o futebol brasileiro." Lorota. Será um retrocesso. Somos cinco vezes campeões mundiais com esse calendário.
O futebol brasileiro é desorganizado? Sim. É "pobre"? Sim. Mas é o melhor futebol do mundo, e pelo menos dessa vez, estamos a frente dos europeus.

Drogas da Democracia

As drogas da democracia? O preconceito, a hipocrisia, o egoísmo do ser humano. Existem muitas drogas ilícitas e lícitas, o que faz das lícitas menos prejudiciais é somente o fato de serem aceitas. Hipócrita é aquele senhor que enche a cara depois do serviço para fugir dos problemas do cotidiano, mas ao mesmo tempo condena o outro que faz o mesmo fumando maconha. Diz que quem fuma maconha, fuma para fugir da realidade, mascarar os problemas, mas no fim esse é o motivo que ele tem para beber. Bebe para descontrair, desinibir, para relaxar. Fuma para descontrair, desinibir, para relaxar. Qual a diferença? Uma é lícita, outra ilícita.
Esse julgamento pessoal é influencia de uma realidade hoje incontrolável, o crime organizado é movimentado pelas drogas ilícitas, o desenvolvimento comercial das drogas é enorme, sendo o carro chefe deste comércio a maconha. Como controlar isso? Legalizando. Permitindo às pessoas poderem utilizar-se desta droga da mesma forma como utilizam o cigarro e a cerveja. Legalizando, o controle sobre o comércio e os usuários será muito mais fácil, o dinheiro do comércio não irá para o crime, mas sim para campanhas educacionais como por exemplo é feito com o cigarro, o que por sinal tem funcionado e muito no combate ao fumo.
Claro que este tipo de liberação tem que ser feita aos poucos e de uma forma controlada, libere primeiramente o consumo em casa e a comercialização de uma forma restrita e controlada, depois se pode criar áreas de convivência direcionadas a essas pessoas, de uma forma que haja respeito com a opção das outras pessoas de não consumir estes produtos, assim como deveria ser feito, e está sendo agora, com o cigarro.
Podem dizer que liberar a maconha é um passo para a liberação da cocaína, heroína, crack e outras, mas estas drogas estão em outro patamar, elas, em pouca quantidade, causam efeitos alucinógenos rápidos, agressivos e nocivos, tanto física como emocionalmente na maioria absoluta que consome. Ao contrario da maconha e o álcool, aonde a maioria absoluta não desenvolve uma dependência e, em níveis razoáveis, a mantém-se o controle emocional, Claro que os excessos existem, mas no caso das drogas “pesadas” o mínimo já é um excesso.
A maconha é o principal produto comercializado pelo crime organizado, e a grande maioria dos que passam para as drogas pesadas passaram pela maconha, assim como passaram pelo álcool e o cigarro, mas a grande maioria dos que consomem maconha nunca experimentou estas drogas e partiu para dependência.
Liberar o consumo da maconha é um passo na luta contra o crime organizado, utilizando todo o potencial econômico deste produto e, ao mesmo tempo um passo na luta pela conscientização da população sobre os efeitos deste produto. Porque traz a tona um debate mais aberto e com mais informações, muito alem de “não fume porque é ilegal” ou “não fume porque faz mal”, pois hoje, estes são os argumentos utilizados até mesmo na mídia para impedir o consumo. Devemos prosseguir como está sendo feito e com muito sucesso com o cigarro, conscientizando os usuários com campanhas

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