quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O último mortal


Queria pra mim o canto da banda dos imortais
Que ecoasse pela eternidade
Arquibancadas,cadeiras, gerais
Queriam que todos gritassem apaixonados
Imortalidade!

Que o ritmo fosse o amor,
grafitado no muro da esquina,
Ou aquela tragédida banal,
estampada numa banca de jornal,
Queria ter o dom de amar, que pra isso precisasse ser um anjo,
Que caísse ou o mais burro animal.

Queria que todos fossem românticos como eu,
que encontrassem arte no bêbado deitado na calçada,
ou amor na menina da mesa do lado,
Que vissem estrelas em um céu nublado, cinza

Camiseta do che,
moedinhas pra comprar cigarro
e uma xerox da faculdade qualquer,
e todo o amor do mundo sentado no último banco do ônibus

Mas afinal o que é o amor?
Uma vez me disse que eu tinha sonhado,
que lá do alto da montanha,
no final do arco íris,
havia amor além dos outdoors.

Decidi ir procurar,
acabei conhecendo uns loucos pelo caminho.
Muitas palavras algumas loucuras e sentimento
Todos também queria tocar nas bandas do imortal


Acabamos nos trancando em uma sala apertada,
resolvemos editar um jornal
e a capa era o último dos românticos,
o último mortal.

Era um joão qualquer igual a ninguém que descobriu se havia amor além dos outdoors.

Era um garoto que como eu, amava os beatles e os rolling stones.

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