quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dos mais belo feio que escreve





De repente se faz o poema,
O poema dos medíocres,
Das arquibancadas pulsantes,
Rimas tristes, apaixonados delirantes.

Das ruas, vielas, becos e praças.
Do mais feio belo que escreve,
Para que passa,
que passa,
passa.


Talvez seja moderno,
Antagônico e não menos cruel
Não tenha um final e poderia ser melhor,
Assim como a vida.

Esse poema sobre a saudade do que nunca se viu,
Das revoluções perdidas que nunca à luta,
Da moça de família, apaixonada.
Sim, ela, aquela vigorosa prostituta.

Esse poema que nunca se faz,
Se faz assim como eu,
Todo amores e saudades,
De dias e tons impensáveis.

Talvez esse poema, a cada verso imortal
Cometa assim suicídio em cada rima pobre.
E assim como eu, não viva eternamente jamais.

Poema esse,
Eu, assim,
Como esse mundo vil e banal.
Que insiste em se reinventar,
Embora não consiga.

Poema esse,
Que assim como eu,
Poesia essa [vida]
Assim como eu
Assim como eu, mortal

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