segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Rock não morreu. E nem saiu de catálogo.



Tá tudo muito bom, tá tudo muito bonito, mas eu vou ter que discordar do meu amigo cabeludo aí. Nada contra seu estilo "roqueiro vintage" - apesar da indigesta bandeira estampada em sua camiseta - e definitivamente nadinha contra a belíssima versão do Crosby, Stills & Nash para o clássico "Black Bird", dos grandes besouros.

O que pega mesmo é esse discurso reacionário, muito comum entre os entusiastas das décadas de 60 e 70; discurso esse que já foi ardentemente compartilhado por minha pessoa. Essa história de "o Rock já foi feito; essa musiquinha de hoje em dia não é Rock" configura-se no mais puro e aplicado papo-furado. É claro que os reacionários do Rock tem vários argumentos, para os quais apresentarei prontamente os meus contra-argumentos:

1. "O Rock hoje é feito só pra ganhar dinheiro" - Por um acaso o Rock, desde seus primórdios, não era música comercial? Não era controlado pelas gravadoras? Que eu saiba - e posso estar enganado - o Rock só começou a adquirir o status de "cult" a partir da segunda metade da década de 60. É claro que o Rock era rebelde e escandaloso, mas a grana sempre esteve intimamente ligada a ele. E eu não estou reduzindo o Rock a um mero produto, mas que é um produto também, isso é. E era quando explodiu pela primeira vez.

2. "O Rock hoje é uma porcaria" - Em grande parte, eu concordo. Mas isso é exclusivamente uma questão de gosto pessoal. O Rock, assim como qualquer outra coisa, pode ser considerado bom ou ruim de acordo com o parâmetro escolhido para se fazer essa afirmação. Se alguém tem a complexidade como indicativo de qualidade, o Rock Progressivo é, sem dúvidas, o melhor de todos. Se o parâmetro for o peso, o Hard Rock ou o Hard Core. E assim sucessivamente.

É sempre válido lembrar que a mudança sempre foi uma das mais marcantes características do Rock. Ou seja: não dá pra dizer que Rock é Rock só se for de tal jeito. Se formos ser assim tão radicais, o Rock é unicamente aquele produzido por Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Jerry Lee Lewis e toda essa galera da velha-guarda.

Pode ser que você ache o Rock de hoje falso, opaco, superficial, ou simplesmente ruim: ainda sim é o Rock. Feliz ou infelizmente.

5 comentários:

Plínio Lopes. 10 de fevereiro de 2009 às 13:04  

rock and roll não se mede pela variação musical entre elvis e kurt cobain

rock and roll é a atitude.

João Lemmos 11 de fevereiro de 2009 às 10:16  

Pra mim atitude é coisa de rapper

Plínio Lopes. 11 de fevereiro de 2009 às 13:38  

e o seu cabelo e a sua barba é o que?

Leandro Gel 12 de fevereiro de 2009 às 17:33  

Atitude é coisa de marca de refrigerante.

João Lemmos 12 de fevereiro de 2009 às 23:32  

Assino embaixo!

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