domingo, 15 de março de 2009

Romantismos

Uma vez fui chamado de romântico. Por incrível que pareça, por uma voz tremida que veio do fundo da sala, de alguém que ainda possuia a síndrome de aluna. De aluna? É. Aquela síndrome de se sentar o mais ao fundo possível na sala. A voz disse "o colega tem uma visão romântica". Isto porque eu havia mencionado que cabe a nós, jornalistas, modificar a visão que a comunidade tem sobre a falta de amor entre as pessoas. Disse isso e recebi o carimbo de romântico por alguém que se intitulou minha colega. Colega? Dá licença. Quem tem colega é puta. Eu sei que existem pessoas e pessoas. Eu sou campeão em lidar com pessoas difíceis, sem regras, com vocabulário extensíssimo (de calão); que se insultam por nada, se ameaçam e fazem uma constante referência à tal armação do amor. Mesmo assim, nestas condições, lá fui endireitando o boné e tentando mostrar as minhas regras - "diz que é por ser romântico". Ok, sou romântico. Pela primeira vez na vida. Quem sabe ela estivesse certa. Talvez eu seja realmente o último dos românticos. QUE ROMÂNTICO. Passo a redundância.
Texto escrito por uma guria com alma de macho.

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