domingo, 5 de abril de 2009

Bem, bem, bem. Vejam vocês, eu (o velho ancião da turma) deparei com uma situação que dava as caras de um fim trágico. Explico: Era uma segunda como outra qualquer, se não fosse a louca no tempo, de manhã sol e a tarde uma chuva que parece não ter fim. Eu voltando do meu trabalho digno – não daqueles que vendem mentira para desavisados – me deparei com uma dúvida, daquelas que exige agilidade para responder, ser rápido no gatilho, pá-pum! Pois então, a grande decisão seria arriscar em enfrentar alguns chuviscos ou esperar pacientemente no ponto final antes de ir para casa.


Vocês devem estar pensado: “ahh, veinho, larga de ser fresco! Uma chuvinha não faz mal a ninguém!” Também acho e até gosto de chuvas, caminhar nelas é bem prazeroso (sem trocadilhos, por favor) para mim. Mas, caros amigos, eu estava com meu véiobook nas costas e ele como uma máquina que não usufrui de uma blindagem aprova d’água não pode molhar. Triste. Como paciência não faz parte de meus raros dons, tomei minha decisão: olhei em volta, a chuva estava branda, caindo preguiçosamente do céu tingido de cinza, apertei o botão “pare”, então desci rapidamente do ônibus e marchei rumo a minha casa. Mas a chuva, caros irmãos, foi traiçoeira com quem vos escreve. De repente, ela com furor descia do céu, como que quisesse atacar o véiobook sem dó nem piedade. Então procurei um abrigo, o que achei foi uma árvore, fiquei lá mesmo, a chuva não ultrapassava a sua copa, isso acalmou meu coração e trouxe paz de espírito novamente.
Mas engano de vocês se pensam que ela, a chuva, se deu por vencida. Após um minuto ou dois ela triplicou suas forças, a pobre árvore já não poderia me proteger, a enxurrada havia alcançado meu tênis de 40 cruzeiros, parecia ser o fim. A força da natureza havia me vencido, estava pronto para receber um nocaute, as coisas iam por água a baixo, literalmente. Até que uma pequena fenda se abriu no céu cinza, e uma forte luz iluminou uma senhora no portão que proferiu palavras de salvação para o mim, mal sabia ela que salvava na verdade o véiobook: “Hei! Menino! Entre!” Mal acreditei no que estava ouvindo, mas meu corpo respondeu em milésimo de segundos, arranquei correndo, rápido para o portão da salvação, sem pestanejar, sem pensar duas vezes, aliás, nem pensei direito no que estava fazendo, apenas entrei.
Lá estavam a avó e seu neto brincando. O menino tinha desenhado em um papel sulfite A4 um tabuleiro de um jogo que ele tinha inventado, onde os peões eram carrinhos. A regra básica: você falava um número e andava as casas com o seu “peão-carrinho”. E a avó brincava feliz com ele.
As atitudes dela me levam a acreditar que ainda existem pessoas boas. E eu sei que a maioria a classificaram como ingênua ou louca por dar abrigo para um estranho, mas foi essa ingenuidade que salvou o véiobook! E eu agradeço de coração a essa senhora! Amém!


2 comentários:

Yuri Montanini 5 de abril de 2009 às 14:37  

Ainda existem.

Plínio Lopes. 5 de abril de 2009 às 15:11  

hUAEHUEHUHEUHEUHEUHEUHEUHE


engraçado demais



que bom que ainda existem pessoas boas a salvar um veinho impaciente shaueahues

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