sexta-feira, 22 de maio de 2009


Estava eu descendo a avenida castelo branco rumo ao meu trabalho, na mesma rotina de todos os outros dias. Vindo com os mesmos rostos no ônibus, esperando nos mesmos sinais em um dia como outro qualquer. Quando estou quase chegando á porta da empresa, vejo um colega saindo a passos apressados no sentido oposto ao que me encontrava chegando. Naqueles milhares de pensamentos que saem por milésimo de segundo em uma mente já fertil com a minha, pensei: "o que pensarão esses motoristas esperando o sinal ao nos verem chegando ou saindo? Estarão indo se divertir? Ou estarão indo entrar na porta de outra empresa para serem vistos? Estarão eles percebendo?". E de repente outro colega sai apressado de dentro da empresa a gritar a outro que desci a passos largos e ligeiros. Enquanto isso eu entro normalmente, pego meu crachá na minha mesa e vou bater meu ponto. Quando de repente eu percebo o clima no ar de que obviamente alguma coisa estava errada. E de repente o colega que foi o primeiro a sair passa do meu lado em prantos completamente desolado. Logo me assustei e imediatamente entrei em sintonia com o clima de choque que habitava o local. E então perguntei para alguém passando,o que aconteceu? E a resposta, um tio dele morreu.
E logo essa semana conversamos e ele havia me falado de seu tio,e de como era quase um pai para ele. E não existem palavras ou talento para expressar a dor nos soluços de pranto de meu colega, que eu fui obrigado a ver e não falar nada.
A morte que já havia me feito pensar essa semana, quando um colega de trabalho se mostrou chocado com a morte de um integrante da F.J.G. que acredito muitos ficaram sabendo,igualmente súbito e surpreendente. Muitas pessoas falam que eu tenho o dom de escrever mas nessas horas eu dúvida. Não consigo de forma alguma explicar como me passou perfurante e cruel o desespero de meu colega em relação a seu querido parente falecido. A minha sensação de insignificância frente a dor alheia me incomoda como se isso tudo tivesse ocorrido dois segundos atrás.
Só me resta acreditar que a vontade de Deus seja feita,quando me for que aqueles que me amam de verdade e irão chorar minha partida tenham toda a força para seguir a vida pois sinceramente acredito que o que tiver que ser será. Afinal de contas,infelizmente, de todas as garotas lindas que vemos, de todos os títulos disputados ou de todos os sonhos, a morte é a única certeza que temos em nossa vida.


"a morte surda caminha ao meu lado e eu não sei em qual esquina ela vai me encontrar"

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