segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Is this the real life? Is this just fantasy?







Essa frase da abertura de uma das melhores músicas de todos os tempos ( Bohemian Rapsody ) é a síntese da minha vida. Meus conceitos de existência nessa vida remetem aos meus dois anos de idade em que eu já me perguntava se não era possível, assim como eu sonhava, que essa vida fosse o sonho de um Plínio em algum outro lugar adormecido. E confesso, que até hoje não sei a resposta.
Ao me deparar com 20 anos de idade as duas e meia da manhã de um domingo escrevendo no computador, é como se as palavras fossem um espelho, e me sinto um fracassado. Me faltam palavras para explicar aos meus melhores amigos na mesa de um buteco qualquer como eu me sinto. Cada nova etapa da minha vida me serve para me mostrar como eu sou apenas mais um. Just another brick in the wall. E essa é a minha maldição.
Ser medíocre é o fardo que carrego que pesa toneladas massacrantes em minha alma. Não tenho talento algum, não sou um cara legal, sou um péssimo filho, e a maioria das pessoas que eu amei eu deixei pelo caminho. Na boca em vez de um beijo um chicle de menta e a sombra do sorriso que eu deixei, numa das curvas da highway.
Sempre me pergunto em qual parte do caminho que o meu sorriso ficou para trás. Em qual curva rápido demais dessa minha metamorfose ambulante que a minha inocência e capacidade de acreditar e satisfazer caiu pra fora do carro.
Eu sou um kamikaze incapaz de ir a luta. Um samurai que jamais cometeria harakiri. E um espartano que jamais morreria com alegria nas termópilas. Eu sou um bosta. O meu egoísmo me consome. Eu me sinto a sakura que insiste em não cair quando o outono chega. E por viver em função disso, nunca chegarei a me abrir, ou mesmo haverá beleza em mim.
Tenho apenas a certeza da solidão da minha cidade nas ruas de um domingo a noite, as minhas crenças perdidas por razões insignificantes nos meus 20 anos de idade, e que serei mais apenas um cidadão não respeitado. Que provavelmente não se casará e não terá filhos lindos. Destinado a seguir um caminho sozinho e medíocre. Serei apenas parte dessa força gigante que nos cerca, e amanhã serei parte da terra, das plantas ou algo pior. Não sou nada, nunca serei nada, e a parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Enquanto isso algum piano toca solitário em algum bar vazio com fumaça no ar, carregado pelo sentimento da saudade de um amor que nunca se viu.

'all the lonely people, where do they all come from? '

4 comentários:

Pedro Henrique Malta Martins 24 de novembro de 2008 às 12:55  

depressivo, mas verdadeiro, afinal, esse não é o destino de todos nós? somos uns merdas, umas pulguinhas insignificantes no mundo, mas unidos, talvez mudemo isso ;)

El mariachi 24 de novembro de 2008 às 14:19  

eh depressivo ao cubo neh jovem
sou um cara otimista
tudo na vida são fases
i logico que uma fase ruim ou uma fase boa so chega, dependendo de vc.
Pazz!!

Unknown 24 de novembro de 2008 às 17:25  
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown 24 de novembro de 2008 às 17:28  

=O sinceridade acima de tudo hein. Eu acho que você escreve bem deeeeeeemais, sabe brincar com as palavras...
Fico triste, mais eu curti.
Acho que, são poucas pessoas que não se sentem um estranho no ninho.
=]

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