segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ainda assim o amor

numa pracinha qualquer,

lá pras bandas do imortal,
havia um ipê florido amarelo,

as flores vieram, se deram e caíram
a árvore que era jovem,
acabou por envelhecer.

Assim como a primavera,
suas flores que se foram,
e muitas outras primaveras,

em outras esquinas de outras canções.


havia um maluco dançando no sinal,
a música que uma banda imortal outrora tocou,

o maluco não dança mais,
a música parou.


e de tudo isso,

sobrou o amor.

o amor da flor amarela de um ipê,
da dança do maluco do sinal,
da música de uma banda imortal.

de tudo isso sobrou meu amor por você,

jovem, ingênuo,
potencialmente falho e mortal,
talvez amanhã não esteja aqui,
talvez nunca mais.
mas ainda assim,

amor.

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