quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Drogas da Democracia

As drogas da democracia? O preconceito, a hipocrisia, o egoísmo do ser humano. Existem muitas drogas ilícitas e lícitas, o que faz das lícitas menos prejudiciais é somente o fato de serem aceitas. Hipócrita é aquele senhor que enche a cara depois do serviço para fugir dos problemas do cotidiano, mas ao mesmo tempo condena o outro que faz o mesmo fumando maconha. Diz que quem fuma maconha, fuma para fugir da realidade, mascarar os problemas, mas no fim esse é o motivo que ele tem para beber. Bebe para descontrair, desinibir, para relaxar. Fuma para descontrair, desinibir, para relaxar. Qual a diferença? Uma é lícita, outra ilícita.
Esse julgamento pessoal é influencia de uma realidade hoje incontrolável, o crime organizado é movimentado pelas drogas ilícitas, o desenvolvimento comercial das drogas é enorme, sendo o carro chefe deste comércio a maconha. Como controlar isso? Legalizando. Permitindo às pessoas poderem utilizar-se desta droga da mesma forma como utilizam o cigarro e a cerveja. Legalizando, o controle sobre o comércio e os usuários será muito mais fácil, o dinheiro do comércio não irá para o crime, mas sim para campanhas educacionais como por exemplo é feito com o cigarro, o que por sinal tem funcionado e muito no combate ao fumo.
Claro que este tipo de liberação tem que ser feita aos poucos e de uma forma controlada, libere primeiramente o consumo em casa e a comercialização de uma forma restrita e controlada, depois se pode criar áreas de convivência direcionadas a essas pessoas, de uma forma que haja respeito com a opção das outras pessoas de não consumir estes produtos, assim como deveria ser feito, e está sendo agora, com o cigarro.
Podem dizer que liberar a maconha é um passo para a liberação da cocaína, heroína, crack e outras, mas estas drogas estão em outro patamar, elas, em pouca quantidade, causam efeitos alucinógenos rápidos, agressivos e nocivos, tanto física como emocionalmente na maioria absoluta que consome. Ao contrario da maconha e o álcool, aonde a maioria absoluta não desenvolve uma dependência e, em níveis razoáveis, a mantém-se o controle emocional, Claro que os excessos existem, mas no caso das drogas “pesadas” o mínimo já é um excesso.
A maconha é o principal produto comercializado pelo crime organizado, e a grande maioria dos que passam para as drogas pesadas passaram pela maconha, assim como passaram pelo álcool e o cigarro, mas a grande maioria dos que consomem maconha nunca experimentou estas drogas e partiu para dependência.
Liberar o consumo da maconha é um passo na luta contra o crime organizado, utilizando todo o potencial econômico deste produto e, ao mesmo tempo um passo na luta pela conscientização da população sobre os efeitos deste produto. Porque traz a tona um debate mais aberto e com mais informações, muito alem de “não fume porque é ilegal” ou “não fume porque faz mal”, pois hoje, estes são os argumentos utilizados até mesmo na mídia para impedir o consumo. Devemos prosseguir como está sendo feito e com muito sucesso com o cigarro, conscientizando os usuários com campanhas

5 comentários:

Yuri Montanini 9 de setembro de 2009 às 14:06  

Economicamente falando, você prefere chegar num posto de gasolina e pagar 10 reais num maço de maconha ou pegar 10 reais de maconha na porta da sua casa, que equivale a muito mais erva? E mais, vai mostrar a carinha de usuário, chegando no supermercado e enchendo o carrinho de maconha? Coloquei o valor acima do cigarro convencional por que acredito que caso a liberação ocorra, os impostos cobrados sobre a verdinha serão maiores do que os cobrados sobre o careta comum. Eu DUVIDO que o digníssimo senhor usuário iria chegar numa loja e pedir um maço de maconha. DUVIDO!

Plínio Lopes. 11 de setembro de 2009 às 23:17  

Parabéns gordo,
Excelente texto,

Também sou a favor da legalização das drogas. Pra mim tudo se resume a construção de significados. Devido a vários fatores como legalidade(principalmente) as drogas que hoje são ilícitas tem conotação extremamente negativa. Mas por mim não se diferenciam em nada de uma cervejinha pra ficar de boa.

Com uma diferença

Maconha não faz mal.

Luís Valdívia 12 de setembro de 2009 às 21:47  

"MST, CUT, UNE, CUFA (PCC)
O mundo se organiza, cada um a sua maneira
Continuam ironizando
Vendo como brincadeira, besteira
Coisa de moleque revoltado
Ninguém mais quer ser boneco
Ninguém mais quer ser controlado
Vigiado, programado, calado, ameaçado
Se for filho de bacana o caso é abafado
A gente é que é caçado, tratados como Réu" - MV BILL

Donos de fábricas de cigarro e álcool são criminosos organizados legalizados.
Quem é mais bandido, um banqueiro ou o assaltante de banco?

Luís Valdívia 12 de setembro de 2009 às 21:50  

"O perfil do jovem de bem, brasileiro do tipo que queima índio com álcool
O santo, o filho do juiz, o bom exemplo
A justiça no Brasil é pro detento na detenção
Que destrói o pavilhão com as mãos
Bota fogo, joga pedra no PM cuzão
Aí o promotor condena
Cola globo, sbt, revista veja querendo a notícia
O nosso sangue é manchete pro empresário que ouve a vida no rádio do seu carro
Com seu motorista 111 no saco, isso sim que é justiça
Sua raça cheira mata, derrete o cachimbo
Paga o honorário, pa e pum advogado ta lá pra tirar
E o delegado sorrindo, mas se a minha ta na cinta se liga na bronca
Sou assassino confesso sem defesa
Trinca de ponta, se enquadram minha goma, reviram a gaveta, já era o
guarda-roupas
Abrem o som, a TV atrás de flagrante
Vários chutes na boca, desrespeitam a minha mulher, minha filha
Sem mandato um batalhão de gambé na minha sala dando coronhada
Apavorando minha família
Não fui criado nos Jardins nem no Morumbi
Não me hospedo em hotel cinco estrelas" - FC

Luís Valdívia 12 de setembro de 2009 às 22:03  

"Vejo o denarc prender o vendedor de cocaína e deixar livre o de Ferrari que te mata com pinga." - FC

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