terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Como jogou o campeão

Olá, nobres companheiros e companheiras. Volto a ser o mesmo sujeito monotemático de sempre, apenas com variações sobre um mesmo tema. É, futebol. Analisaremos a seguir como jogou o São Paulo, campeão brasileiro 2008.
Comecemos da meta tricolor. Experiente, Rogério Ceni é realmente um ídolo. Embaixo das traves é apenas mediano, mas sua capacidade em cobranças de falta compensa. Além disso, tem ótima saída de bola com os pés, um diferencial no futebol brasileiro. Orienta muito bem o consistente trio de beques, formado por Miranda pela esquerda, André Dias na sobra e Rodrigo pela direita. Miranda é sempre seguro, muito bom jogador, cobre as constantes subidas do ala/meia Jorge Wágner. André Dias é o homem da sobra, tem bom cabeceio e vai freqüentemente ao ataque. Pela direita, o menos técnico dos três, Rodrigo, viril e que utiliza o porte físico para impor-se aos adversários. Nas alas, Jorge Wágner e Zé Luís. Vejamos: esqueça a idéia de que o São Paulo joga com dois volantes e um meia, Hugo. Hernanes é cada vez mais meia numa interessante linha de cinco jogadores de criação, entre os quais apenas Jean joga como um legítimo cabeça-de-área. Aliás, o garotão Jean é mais uma boa revelação tricolor. Além de bom marcador, sabe sair jogando com muita qualidade. A vantagem do São Paulo é ter homens (ou não) que criam pelos lados, como Jorge Wágner e Zé Luís, e pela meiúca, como Hernanes e Hugo. Hernanes que por sinal, evoluiu muito tática e tecnicamente atuando mais avançado. Tanto que foi eleito o craque do campeonato. No ataque, Dagoberto, arisco e veloz, ajuda muito na armação e na marcação também. Seu companheiro de ataque, Borges, é um dos grandes responsáveis pela conquista do caneco. Após o seu retorno, o São Paulo cresceu muito. Mesmo pequenino, Borges executa muito bem o papel de pivô, além de ser oportunista e sortudo. No banco, ótimas peças de reposição, como por exemplo, Bosco, Anderson, Júnior, Richarlyson e Éder Luís. Assim jogou o campeão brasileiro 2008, num 3-5-2 moderno, com 5 homens no meio-campo, todos com capacidade de armação. Quanto a eleição da CBF, Vitor, do Goiás, merecia ser o lateral direito eleito. Foi o melhor durante toda a competição. No mais, sem mais.
Deixemos de lado o glorioso esporte bretão e vamos às dicas. Serei breve. Na semana passada, indiquei um vinho branco. Desta vez, indico um tinto, preferência nacional. Um ótimo representante brasileiro: Villa Francioni 2005, 13,5% álcool. Um vinho tipicamente inspirado em Bordeaux: Cabernet Sauvignon (68%), Merlot (14%), Cabernet Franc (13%) e Malbec. Boa potência como os bordaleses, com muita madeira (cedro), fruta negra (cassis) e nítidos aromas mentolados. Encontrado com facilidade por 98 reais. Dica de moda: blusa amarela, calça e havaianas brancas. Maravilha, maravilha. Música do dia: Duas Noites no Deserto, do "Dançando no Campo Minado", disco lançado em 2003 pelo Exército de um Homem Só. Neta. Forte abraço e até a próxima "Segunda na Terça". Rá.

2 comentários:

Luís Valdívia 11 de dezembro de 2008 às 09:10  

Bosco ótima peça de reposição ae forçou!

Yuri Montanini 11 de dezembro de 2008 às 12:50  

Levando em consideração que o Bambi Ceni é o titular... aliás, em baixo das traves...

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