sábado, 20 de dezembro de 2008

Nanoconto

A guerra.


Podia ver seus olhos tristes através das lentes da câmera, a dor da guerra. O sangue que escorria pelos ladrilhos das casas destruídas pelos bombardeios. A sirene que alerta um novo ataque e que faz acelerar o coração triste, com medo e que não sabe mais definir a dor, graças as proporções que ela tomou. A guerra, os cantos são das balas cortando o vento e do som agonizante de um prisioneiro que tenta respirar após ter a garganta cortada pelo soldado inimigo. E a poesia escorreu junto com o sangue. E o sangue não é poético, nem heróico. O sangue não passava de um fluído que escorria de um cadáver no chão e só. E a guerra foi sem sentido. Foi se sentido. Os soldados sentiram o baque de uma bala na testa em nome de um país, em nome de um governo, em nome de um capricho! Isso vi através de seus olhos, olhos vivos em expressão de um corpo morto na calçada.

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