sábado, 17 de outubro de 2009

AMOR (pra não ficar sem título)

(espero estar na fonte padrão porque não quero pagar cocola pra ninguém)



Com o passar do tempo criei um hábito interessante. Sempre que eu assisto um filme, eu guardo dele uma frase ou uma ideia que normalmente me marca. Há um tempo atrás assisti a um filme, brasileiro inclusive, aclamado pela crítica, em que a personagem principal, após uma separação, relaciona-se com um garoto mais jovem que ela e, num diálogo com a amiga, ela diz que o que sente/vive com o garotão não é amor, é melhor. Isso é muito forte, muito interessante. AMOR um tema que jamais se esgota, mas que só é explorada uma variável, uma variação desse mesmo tema.
Criamos, graças a cultura e sei lá mais a que, a ideia de que é obrigatório durante a vida amar alguém. Mas se for parar pra pensar, amor é algo tão comum e tão cotidiano que nem é a melhor coisa do mundo. Ama-se uma banda, um cantor, um tipo de comida; ama-se um time, um lugar; ama a mãe, uma calça velha, uma música, um personagem de novela. E quando se trata de amor conjugal, é a mesma coisa: é amor. Ama-se à primeira vista, à segunda, ama-se a partir de convivência, ama-se por substituição, mas o amor vai sempre ser amor, em qualquer lugar, em qualquer uso da palavra.
Agora me diz, se o amor é tão comum (sem querer diminuir sua importância, pelo contrário) porque ele é tão especial? Ou ele é especial justamente por ser comum? É um verdadeiro paradoxo que eu não sei explicar. Mas vendo pelo lado negativo: o capítulo da novela dá raiva às vezes, o time quando perde, nem se fala, toda banda tem uma música que a gente não gosta, o vocalista sempre faz alguma coisa que desagrada, o jogador também. Agora, mãe e namorado(a) é melhor não comentar.
Fora amar, tudo no amor é ruim. É o egoísmo, o ciumes, a desconfiança que não passa, a gente sofre, se anula, vive pelo outro. Realmente, há coisas melhores que o amor.
PAIXÃO! Ninguém se apaixona a primeira vista, ninguém é apaixonado pela mãe, pela banda, pelo time. Se for, é um caso de subversão, que não cabe aqui. Quando a gente se apaixona, a gente não pensa em ciumes, não pensa em desconfiança, nem quer controlar ninguém, só quer carregar o que é bom, o que realmente importa, o que faz valer a pena. Acho que é justamente o que a Martha Medeiros quis dizer nesse livro que virou filme. Se apaixonar é bem mais fácil e bem melhor que amar, apesar de durar pouco, segundo a ciência. Mas ah, o cigarro dura pouco e quando acaba, o fumante pega outro. Nem por isso é ruim. A música dura três minutos, quando dura mais, quase sempre é chata. O filme dura duas horas, e a gente lembra pro resto da vida. A gente tem é que parar com a mania de achar que o que é pra sempre é o que é bom de verdade.










Pra terminar meu post eu gostaria de fazer uma pergunta: o que será que ela quis dizer? 5 letras, começando com a letra A?

4 comentários:

Plínio Lopes. 17 de outubro de 2009 às 17:10  

Excelente texto como sempre,


minha versão textual de saias,


muito bom,


=]

Yuri Montanini 20 de outubro de 2009 às 15:03  

'Mas ah, o cigarro dura pouco e quando acaba, o fumante pega outro. Nem por isso é ruim. A música dura três minutos, quando dura mais, quase sempre é chata. O filme dura duas horas, e a gente lembra pro resto da vida. A gente tem é que parar com a mania de achar que o que é pra sempre é o que é bom de verdade.' E quando eu falo isso, me chamam de louco. Sensacional.

Rafael Rabelo 26 de outubro de 2009 às 20:35  

Eu ainda ando pelas mesmas ruas...mesmo sabendo que a vida não é um jogo de palavras cruzadas, a cada dia que passa sei o que ela quis dizer: A M I G O!

Mais uma do mestre HG...

Unknown 5 de novembro de 2009 às 21:01  

Adorei o texto, Bel...
Parabéns!!!
;D

(tentando não ser tão efusiva, pra não levar bronca depois)

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