Morrer a vida e viver a morte
Começa-se a vida após anos de morte.
Começa-se a vida após anos de morte.
Postado por André Safadi às 21:49 0 comentários
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Postado por Pedro Henrique Malta Martins às 13:43 0 comentários
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Postado por Leandro Gel às 01:50 0 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 23:53 1 comentários
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Vivo sentindo a falta do sentir.
Parece sem sentido.
Talvez por que não tenha.
Sinto muito.
Tristeza?
Dor?
Alegria?
Sinto por não os sentir.
Por não viver...
Sinto muito por isso.
Aquilo? Também.
Mas não por ti.
Por mim.
Porque não viver?
Por causa de ti?
Sem sentido mesmo...
Por isso agora vou esquecer
e começar a sentir.
Tristeza!
Dor!
Alegria!
Viver para sentir
e não sentir por viver.
Postado por Pedro Henrique Malta Martins às 16:57 1 comentários
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Postado por Yuri Montanini às 23:02 3 comentários
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Postado por Isabella Lemes às 16:47 1 comentários
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Postado por Leandro Gel às 20:25 1 comentários
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Em uma ponte qualquer, numa dessas grandes cidades. Podia ser Roma, Paris, Londres, Berlim ou mesmo São Paulo. Quiçá Goiânia. Uma paisagem complexa, moderna e difusa. Meio hemisfério Norte e Sul. Um clipe sem nexo. Um pierrô retrocesso meio bossa nova e rock and roll. Um garoto desses crescidos com seus cabelos loiros descendentes de um nobre inglês qualquer,um bom bigode português de orgulhar o mais selvagem motociclista ianque de um porte negro. Um céu azul.
Embaixo de uma ponte, uma vitrola velha em que john frusciante dedilha sua melodia. Ecoando pela fumaça da metrópole em meio ao estrelado céu azul, na mais bela figura de um gibi. Ecoando em meio ao fedor do belo rio. O rio como a sociedade e as pessoas da vida moderna, mais lindas e belas que nunca, porém cada vez mais próximas da destruição final, da morte interior e da podridão impossível de se escapar. Nas estrelas, cazuza voando e disparando rajadas de mágoa em sua mais bela performance anacrônica de barão vermelho dos filmes de guerra e canções de amor.
Esse belo garoto, que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, de repente se vê sujo. A barba por fazer e o seu all star não mais azul. John Frusciante não para de tocar under the bridge. Em sua companhia apenas grafitado no muro o cavalo de chico que só falava inglês. Olhando então perdido escrevendo obras do além mar do mais salgado espírito lusitano. Olhando para as janelas das grandes cidades e sentindo falta de tudo aquilo que ainda não viu. E morrendo de sentir do que viu. Do que se perde,que vai e não volta nunca mais, afinal as vezes apenas não há uma segunda chance. De quando a maturidade é o preço e de todas as pessoas que não deu valor.
Cada janela amarela daquela cidade depois da ponte, naquela paisagem daquele quadrinho de gibi havia uma e-stória qualquer. Um casal fazendo amor. Outro fazendo sexo.Aquele seu melhor amigo que ele amou mais do que o mais nobre cavaleiro. E que hoje é apenas mais uma janela amarela na caricatura da cidade. Sente falta de tanto amor que recebeu e desperdiçou. Queria reunir todos aqueles que lhe deram atenção no bolso e simplesmente poder dizer, obrigado. Sinto muito se os perdi pelo caminho, mas eu realmente amo todos vocês.
Mas a vida não é uma estória em quadrinhos. E o barco com a vitrola vai passando, passando. E enfim, nem a música lhe faz companhia mais.
Postado por Plínio Lopes. às 00:19 0 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 23:32 2 comentários
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Aquele que anda descalço é livre, ele está totalmente em contato com a natureza. Os pés descalços naquela terra firme e seca, nem me imagino a 40 anos atraz. Sabia que esse dia chegaria.
Nossa árvore traz toda a nossa fonte de energia, todos por aqui construiram suas casas em volta dela. Sua sombra atinge toda a cidade, e traz-nos aquela sombra dia e noite. Como é bom respirar esse ar tão puro, as vezes nem me reconheço sem essa máscara.
As crianças brincando de pique-esconde. Da última vez tivemos que procurar além do alcance da nossa árvore. Essas crianças não tem limites mesmo. Já avisei e continuo avisando, " não vão por aqueles lados, la vivem aqueles que nunca nos ajudaram, aqueles que não respiram o mesmo ar que nós ", toda vez tropeço neles, acho que nunca irão acabar.
Esses dias olhei la no meio da nuvem, e vi rastros de luz, imediatamente mandei todos para suas casas. Eles estão evoluindo, nunca vi algo tão grande, aqueles tentáculos, cada dia que passa dou falta de uns e outros por aqui. Acredito que tenham achado outro lugar bom para se morar, mas também creio que possam ter ido para o inferno.
Estou tão cançado de tudo isso, não tenho sossêgo nem um dia sequer. Nosso médico sofre alucinações, um dia desses ele operava um dos nossos trabalhadores e achou que era um cozinheiro, picando as verduras e legumes, o enfermeiro tentou tirar o bisturi das suas mãos e foi atacado também, precisou de 4 pessoas para parar aquele louco. O nosso cozinheiro ainda é pior, ele acha que o mundo acabou e no Natal ele tentou matar a todos colocando veneno de rato na nossa sopa. Sei que ele não tinha más intenções, pois essa vida não está sendo fácil.
Faço todo o trabalho pra esse povo, lembro de quando me chamaram para se juntar a eles. Foi algo tão grotesco, me fez tremer de raiva, não sabia do que eles eram capazes, só pude perceber depois daquele dia.
Toda noite que me deito ao lado da minha mulher, e passo a mão na sua perna, lembro de quando ela perdeu uma delas, não gosto nem de pensar.
Hoje vou me deitar cedo, amanhã é um novo dia, mesmo com toda essa escuridão dá pra ver que não perdemos o nosso calendário. Abro meu diário e começo o cabeçålho;
Terra, Os sobreviventes
Dia 20 de março de 2127
Mais um dia sobre a sombra das nuvens negras, respirando o ar de máscaras de oxigênio, andando pelo chão que não semeia, em busca da natureza colorida que não vejo a mais de décadas. Essa poluição matou todos os animais, separou as classes e exterminou a fé.
Mensagem de hoje será a mesma de ontem;
Aquele que anda descalço é livre, ele está totalmente em contato com a natureza...
Postado por André Safadi às 21:40 0 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 17:08 1 comentários
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Postado por Leandro Gel às 16:31 0 comentários
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Postado por Zé Bokinha às 13:52 0 comentários
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Confortável e obsceno, quando olho no reflexo da luz no espelho eu vejo coisas obscenas.
Postado por André Safadi às 01:50 1 comentários
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Postado por Zé Bokinha às 14:24 1 comentários
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De repente se faz o poema,
O poema dos medíocres,
Das arquibancadas pulsantes,
Rimas tristes, apaixonados delirantes.
Das ruas, vielas, becos e praças.
Do mais feio belo que escreve,
Para que passa,
que passa,
passa.
Talvez seja moderno,
Antagônico e não menos cruel
Não tenha um final e poderia ser melhor,
Assim como a vida.
Esse poema sobre a saudade do que nunca se viu,
Das revoluções perdidas que nunca à luta,
Da moça de família, apaixonada.
Sim, ela, aquela vigorosa prostituta.
Esse poema que nunca se faz,
Se faz assim como eu,
Todo amores e saudades,
De dias e tons impensáveis.
Talvez esse poema, a cada verso imortal
Cometa assim suicídio em cada rima pobre.
E assim como eu, não viva eternamente jamais.
Poema esse,
Eu, assim,
Como esse mundo vil e banal.
Que insiste em se reinventar,
Embora não consiga.
Poema esse,
Que assim como eu,
Poesia essa [vida]
Assim como eu
Assim como eu, mortal
Postado por Plínio Lopes. às 23:05 1 comentários
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Estava eu observando um homem caido no chão a uns cinco metros de mim. Olhei de vários ângulos e só consegui imaginar um cara que teria bebido demais. Tentei reconhecer o rosto e não conseguia ver direito no meio daquela escuridão. Procurei por sangue e nada. Dei uma palmada forte com a mão, tentando acordá-lo. Muito acontece, lugar errado na hora errada. Vai que o cara morreu. E eu ali parado olhando pra ele, era flagrante na certa. Dei uma olhada em volta, não via nenhuma pessoa por perto. Meio com medo decidi chegar mais perto. Fiquei a um metro de distância, olhei por cima e reconheci o rosto. Era o vendedor de picolé que passava toda semana por ali. Encostei a mão nas suas costas e balancei-o um pouco na esperança de acordá-lo. Nada aconteceu. Vou embora desse lugar. Dei dois passos para trás e me virei abruptamente, e dei de cara com um homem. Fiquei sem reação, não sabia se gritava, corria, perguntasse algo, fiquei ali parado encarando aquele homem. Ele olhou-me no fundo dos olhos, chegou bem perto do meu rosto, deu uma forte fungada com o nariz e desviou de mim. Ajoelhou-se ao lado daquele homem, virou-o de barriga para cima e colocou a orelha perto da sua boca, tentando ouvir sua respiração. Depois botou o ouvido no peito do homem e disse: "É, morreu mesmo." Não falei nada. O cara levantou-se olhou nos olhos novamente e disse: "Se contar que me viu aqui, te mato do mesmo jeito que o matei." Balancei com a cabeça, confirmando que não falaria nada. Ele desviou de mim novamente, subiu a rua deserta, escura e sombria. Fiquei ali estático, sem mover um músculo sequer. Eu me perguntava: " Por que eu? Por que eu? O que eu fiz?" Tudo que pensava naquela hora era o que estava pensando desde o começo, lugar errado na hora errada. Não sabia se chamava a polícia, se contaria a verdade a eles, que havia visto um homem que confessou ter matado-o. Estava confuso demais. Decidi ir para casa. Passei do lado daquele homem e segui para casa, pé ante pé, corria como um corredor de marcha atlética, olhava muitas vezes para todos os lados. Cheguei na rua de casa, corri para o portão, o abri rapidamente e entrei mais rápido ainda. Aquele acontecimento não me deixava pensar em outra coisa. Passei por todos em casa, não falei com ninguém, entrei no meu quarto, deitei na cama, fechei os olhos e tentei dormir. Passei mais ou menos uns vinte minutos com os olhos fechados, por cansaço enorme, peguei no sono. Meus sonhos não me davam trégua. Acordei morto de sono, continuei deitado na cama por mais trinta minutos após ter acordado. Peguei meu celular, olhei as horas, onze horas. Dei um pulo de susto. Perdi minha aula. Levantei da cama, coloquei meus chinelos, abri a porta do quarto, fui até o banheiro, lavei o rosto, fiz minhas necessidades, escovei os dentes. Saindo do banheiro, não ouvia a voz de ninguém. Olhei por toda a casa e não sabia aonde poderiam ter ido. Olhei novamente o celular, e percebi que era dia de sábado. Lembrei que talvez estavam almoçando na casa da minha avó. Abri meus contatos no celular, liguei pra minha mãe. O celular apitou, olhei na tela e vi. O aparelho estava sem sinal, nem um pontinho sequer. Soltei logo o xingamento contra a empresa que só me deixava estressado. Larguei o celular de lado, sai para a frente da casa e escutei: Parado, mãos na cabeça! Não entendi o que estava acontecendo, olhei para os lados, sete viaturas da polícia me cercaram, armas apontadas para mim, cães latindo por todos os lados, e avistei do lado meus familiares, que me olhavam tristes e abalados. Com os braços na cabeça, fui algemado e levado para a traseira da Blazer da Rotam. Todos que estavam ali na rua me olhavam incrédulos, os que me conheciam, não me olhavam nos olhos, os desconhecidos nem se preocupavam se as algemas estavam apertadas ou se o policial iria me espancar quando chegasse na delegacia. Tudo aquilo me deixou mais louco, pisquei várias vezes os olhos na esperança de tentar acordar desse pesadelo. Me colocaram no carro e deram uma coronhada na minha cabeça. Acordei dentro de uma cela, quatro metros quadrados, uma cama, privada, enjaulado.
" E voce acha que essa história vai comover o juíz? Acorda garoto, todos nós somos inocentes. É como eu sempre digo, - Cumpriremos a pena, o quanto antes sairmos, melhor."
" O que me encabula em meio a isso tudo, são as acusações".
Crime ....
Postado por André Safadi às 01:55 1 comentários
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Postado por Marco Antônio Fernandes Filho às 00:03 2 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 14:01 0 comentários
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Postado por Leandro Gel às 18:12 0 comentários
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Postado por Leandro Gel às 17:59 0 comentários
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Postado por Yuri Montanini às 13:44 3 comentários
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Postado por Yuri Montanini às 13:35 0 comentários
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Postado por André Safadi às 23:09 1 comentários
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Postado por Leandro Gel às 12:31 1 comentários
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Postado por Pedro Henrique Malta Martins às 11:17 4 comentários
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Postado por Leandro Gel às 17:58 3 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 01:06 2 comentários
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Postado por Plínio Lopes. às 14:44 2 comentários
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Postado por Yuri Montanini às 15:40 1 comentários
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Hoje é o dia, é o dia que tudo vai por água a baixo. Você pensou que era simples assim. Simples assim. Não, não é. Você me traz péssimas lembranças, você acha que tudo está nas mil maravilhas. Que tudo que passamos não significa nada pra você, ao contrário que pra mim significou pelo menos o amor que um dia imaginei ter vivido ao seu lado. Pois é minha cara, esse é o mundo em que vivemos, isso tudo é real. Suas mentiras e suas idiotices fez você cair nesse buraco sem fundo, nesse mundo infantil. Apague este cigarro, não está vendo que falo sério com você? Tudo pra você foi somente isso, somente poluição, somente a dor no peito alheio, a dor da sua mãe que tentou te ajudar quando percebeu a sua deficiência, e você fez o que? Descarregou sua raiva toda em cima dela. Sempre imaginei, você em cima de um castelo protegida por um dragão, que te proíbe de fazer suas coisas. Mas você de certo modo agiu como um cavaleiro, tapeou o dragão e saiu por ai, cantarolando suas canções medíocres, ao som da noite, das baladas, do seu mundinho de merda. Quero esquecer esse inferno de Dante, esse inferno que foi ao seu lado. Vou te deixar, espero que não corra atras como fez das outras vezes, agora digo que acabou de vez, nada me faz mudar de idéia. Acabou. Não encoste em mim. Tire suas mão malignas daqui. Pobre garota, pra finalizar te digo: Bem vinda ao mundo real.
Postado por André Safadi às 03:34 0 comentários
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Todo dia é a mesma coisa, acordo cedo, vou para o centro de aperfeiçoamento intelectual, e caio mais tarde no processo de cópias de uma vida sem limites.
Postado por André Safadi às 21:49 0 comentários
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