terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Faça o que puder, mas faça acontecer.

Quando escrevo, sei que não é o mesmo quando falo. Quando falo, sinto que as coisas ficaram soltas pelo ar, sinto que por mais compreendido que eu tentei ser, eu não obtive o sucesso esperado. O som que a gente escuta de uma música pode ter muito mais efeito que as minhas frases, diga-se de passagem. É assim que é, os músicos refletem nas melodias produzidas e eu me deparo com minhas meias três quartos. Falar é muito mais complicado do que se possa imaginar. Não sou aquele representante da comunidade, o escolhido para defender o direito dos moradores, não, eu sou apenas um falante, sou um simples homem, tenho minha ideologia, é nela que eu me represento. Estou eu aqui, escrevendo, tentando mostrar para as pessoas como eu sou, como eu quero que elas me vejam. Não são imagens que valem como mil palavras. Eu não acreditaria numa foto tirada de um celular, sabendo que por trás de uma imagem, existem pessoas, existem ideologias, como as minhas talvez, mas existem. Temos liberdade, assim como a liberdade de expressão. A muito tempo pensava que assim seria o mundo, posso dizer o que penso e ser aceito pelo que sou, mais o muro que eu estava sentado desabou, não é assim como me falaram. Imagens, já que são elas que movimentam multidões, são elas que faz com que mudamos nossos pensamentos, são elas que fazem a gente sentar no sofá e assisti-las por 2 horas sem parar. Não sou um crítico sem escrúpulos, não sou eu a voz do mundo, não que eu não queira ser, não sou eu que movimentarei multidões, não com a minha palavra. Como posso repetir, a fala não é a fonte de toda a informação. Vivemos em um mundo em que poucos de nós, seres humanos, têm a capacidade de ler e escrever. E por quê comparar um ser como eu, classe média, a um monstro que rouba merenda de crianças que não tem nem ao menos uma refeição por dia, não tem nem ao menos um futuro pela frente. Digo novamente, somos seres humanos, temos direitos iguais, segundo a legislação, todos temos os meus direitos e deveres, então como se fazem regras, leis para segui-las e existem monstros que aprovam-as e não as seguem? É uma faca de dois gumes, tentamos agradar a todos, mas não conseguiremos agradar todo mundo. É assim que vamos, é assim que estamos, mais não é assim que eu quero ser. Textos irão mover pessoas, irão mover seres humanos, deixaremos todo o podre do mundo nas mãos dos monstros, que se sentirão bem com o mundo, como disse, eles são monstros, estão acostumados com a desigualdade social, por exemplo. Quando acaba o meu dia, e já são umas 21:30 da noite, durmo sabendo que cumpri com o meu destino, sei que dentre tantos erros que cometi, compenso nos acertos que obtive, durmo com a mente limpa, não tenho medo do amanhã. Como eu gostaria que fosse, um mundo limpo, claro e transparente. Poder dizer, escrever o que eu penso. Olho para os lados e só vejo doenças, só vejo morte, monstros matando seres humanos. Não vou deixar que esses monstros tomem meu espaço, tomem o espaço dos seres humanos. Se eu tirasse uma foto do planeta Terra visto de cima, a uns 40000 km de distância, e toda impureza do mundo fosse de cor preta, eu ficaria envergonhado com essa foto. É ruim pensar que a raça humana é o animal mais irracional que habitou e habita o nosso planeta. São milhares de anos vivendo um mundo de mentiras, um mundo de desordem, seres humanos matando seres humanos, matando animais, matando plantas, matando vida. Agora seria adequado usar, ó meu Deus. Mais como posso usar tal frase, se por questão de pura desumanidade, religiosos do mundo esconderam e ainda escondem a verdade sobre o que mais matou gente por todo o mundo. A religião, eu tenho fé, e sempre terei, mas a fé é algo intocável, algo que talvez nunca saberei o por que, nunca saberei quem foi Jesus de Nazaré, nunca saberei se ele realmente existiu. Perguntas são feitas a todo momento, a cada segundo uma pergunta é feita no mundo, mais apenas 20% dessas perguntas são respondidas, 1% dessas perguntas são respondidas verdadeiramente, e 19% são respostas incorretas ou que não sabemos responder e para ficarmos livre de tantas perguntas sem respostas, optamos pelo caminho mais rápido, a mentira. Poderia eu escrever, mais 800 páginas, falando somente desse mundo que nos cerca, posso falar, somente o tempo que eu estou aqui, somente 21 anos para dizer o que eu vi durante esses anos da minha vida. Se eu chorasse por todas as vidas perdidas nesse mundo eu choraria durante anos sem parar, encheria reservatórios de água que poderiam abastecer todo o continente africano.


Agora queria deixar uma mensagem de maior impacto.


Faça o que for possível.

1 comentários:

Yuri Montanini 10 de fevereiro de 2010 às 13:47  

'Sonhei que as pessoas eram boas
Em um mundo de amor
E acordei nesse mundo marginal.'

Cocola, acho que o blog passa por sua melhor fase. Você, o Plínio e a Isabella tão gastando a bola.

:*

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