sábado, 2 de janeiro de 2010

As bandas do imortal, 2010 - faixa 1.




Em algum momento de nossas breves vidas o quase tudo se torna quase nada. Por um leve fração de vida não há nenhum tipo de rótulo ou preocupação. São apenas duas sensações. O coração e o perfume. Ou o coração e seus olhos castanhos. Seus cabelos Negros. O coração e a arquibancada. O coração é você.




Chego em casa de um dia comum. Pego o celular. Coração dolorido a dois dias. De repente o que não havia sentimento sentimental se torna. Perco a conta de quantas vezes por segundo repasso o maldito beijo em minha cabeça. Não esqueço de seu ar de superioridade e o lugar perfeito para um jornalista se apaixonar. Não consigo me concentrar. Não sinto vontade pensar em outra coisa. Quero apenas relembrar.
Me lembro então que sou um indíviduo com o infeliz dom de amar intensamente e todas as mazelas cruéis que isso provoca. Tudo não passa de pose, positivismo. Não sou durão nem insensível. No fundo sou o mais incapaz de todos de resistir ao amor. E o mais incapaz de questionar sua veracidade. Pego meu celular e escrevo:
‘Sei que você talvez e muito provavelmente não se lembre de mim. Só queria te dizer que desde aquele momento você não saiu da minha cabeça por um segundo. Milhares de vezes vejo seus olhos e sinto seus lábios. Não me importa se irão me criticar ou duvidar. Não me interessa o qual questionável a origem e o porque de tudo é. Eu nunca serei capaz de esquecer aquele beijo.’


No táxi que me trouxe até aqui, Humberto Gessinger me dava razão:

Ontem a noite, eu conheci uma guria. Já era tarde, era quase dia. Era o princípio, do precipício. Era o meu corpo que caia.
Ontem a noite, a noite tava fria. Tudo queimava, nada aquecia. Ela pareceu, parecia tão sozinha. Parecia que era minha aquela solidão. Ontem a noite eu conheci uma guria que eu já conhecia, de outros carnavais, com outras fantasias. Ela pareceu, parecia tão sozinha. Parecia que era minha aquela solidão.

3 comentários:

Yuri Montanini 2 de janeiro de 2010 às 14:29  

Hahá! Cara, tú não vai nem acreditar: Continuo mergulhando sem saber nadar! Agora...Agora...Virando as voltas que essa vida dá!

Luís Valdívia 2 de janeiro de 2010 às 14:55  

"...do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável?"

Pedro Henrique Malta Martins 2 de janeiro de 2010 às 23:16  

experiencias que a vida há de confirmar ou apagar.

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