domingo, 24 de janeiro de 2010

Ops!





JornHaw editora de quadrinhos escritos no papel mais vagabundo e abstrato, movido a pura abstração sentimental de quem finge que sente,
escritos por mãos que fedem cigarro, localizada na terra de gigantes, longe demais das capitais N°33. Aonde? Aonde as flores crescem no asfalto. Que ( M ) fala demais por não ter nada a perder mas o que importa? Afinal se a propaganda é alma do negócio e estamos além dos outdoors.


Ahn?

Foi mal,

Porque?

Por ter vendido a alma ao diabo.

Ah, beleza. Vai um cigarro aí?


‘Rotina masacrante sem pontos vírgulas ou sentimentos é difícil de ler né mas é sufocante assim mesmo! O dia dia que passa passa nos atropela massacra consome e reduz a nossa existência e sensibilidade aguça a solidão. AH! Carro a 200 por hora na estrada, no som tocando ashes in the fall, rage against the machine.

Essa burguesia é assim mesmo. Filhos da puta. Burguesia ianque do caralho. Piso, piso fundo e o carro não aumenta a velocidade. Acho que não dá pra ir mais rápido que isso. O volante tá tremendo já. Aumento o som, não escuto mais nada. Dá vontade voar, romper. Não tenho medo de acidente, a acidente já tem nome e data marcada.

Tudo era comum e medíocre. Escola cinema clube televisão totalmente adaptado e regulado dentro da minha rotina pequeno burguesa longe demais das capitais. Mas daí de repente, como uma puta que pede uma nota de 2 reais pra trocar a música na jukebox o acaso me coloca você. E eu que gostava de desfilar pela beirada, sentir a doce sensação do perigo acabei sendo derrubado por uma pedra que eu não sabia que existia. Uma pedra sentimental ridícula e que juro ser passageira. O ridículo da vida, o amor.


Flertei, fui irresponsável e Ops, me desequilibrei. Agora não sinto meus pés no chão, não sei aonde vou cair nem quanto tempo vai durar essa queda. Não tive tempo nem de mostrar o que se enxerga lá do alto. E já estou caindo para junto dos mortais. Sofrimento, alegria demais, nenhum cigarro e pouca produção textual.’




E aí gostou?


Não sei, mas se você realmente for se tornar um viadinho feliz vou ter que te demitir e contratar outro otário por aí que desenhe quadrinhos miseráveis de graça.

3 comentários:

Yuri Montanini 24 de janeiro de 2010 às 12:35  

'O ridículo da vida, o amor.'

Afinidade textual.

Bom texto, mais uma vez.

;*

Jéssica Neves 25 de janeiro de 2010 às 00:40  

muito bom :)

luna 25 de janeiro de 2010 às 15:38  

"como uma puta que pede uma nota de 2 reais pra trocar a música na jukebox"

a forma mais linda de se declarar. Apaixonante!

  © Blogger template 'Perfection' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP