domingo, 3 de janeiro de 2010

Quem somos nós?



Quem sou eu? Quem é você?
E o que nos afasta tanto?
Uma metrópole maldita do Sudeste,
E por que somos tão humanos?
E sendo tão humanos,
O que nos separa?
E o que une nossos destinos?
A distância é grande,
Mas de repente, não é nada.
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são essas pessoas
Que vão às ruas
Levando crianças pelos braços?
Crianças tão pequenas,
Aparentemente, tão frágeis.
Não tão frágeis quanto eu.
'De que adianta ser durão,
E o coração ser vulnerável?'
Eu odiava tecnologia,
Eu odiava a modernidade
Me faz parecer louco,
Mas só por aqui.
Quem sou eu?
Quem é você?
Somos nós,
Em outras vidas,
Em outras latitudes,
Em outras salas,
Em outras solidões.
Estamos sempre juntos
Unidos na adoção de um amor,
Separados por um monitor.

Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são esses burgueses ao redor de uma mesa,
Falando, falando...
Sorrindo, fingindo,
Esfaqueando
Assinando com tinta que depois se apaga
Promessas que não mantém
Acho que além de Sampaulo é diferente
Promessas, amor, verdade
Então deixa,
Sinta, viva
Desespero gera esperança,
Esperança gera loucura
Maconha, três Brahmas,
Entre as quatro paredes da intolerância.
Quem são essas pessoas?
Um pouco como eu e um pouco sem você
O sangue é sempre vermelho,
Independente das veias
E o amor é sempre remédio,
Como xarope pra tosse
Sempre você.
Somos nós,
Em outras vidas,
Em outras latitudes,
Em outras salas,
Em outras solidões.
Estamos sempre juntos,
Unidos na adoção de um amor,
Separados por um monitor.

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