terça-feira, 9 de março de 2010

Pro dia nascer feliz




As vezes quando tudo parece triste, me dá vontade fumar. Pegar umas moedinhas e comprar um cigarro picado. Mas não, não dessa vez. Não farei isso pois isso é o que me aproxima deles. Essa tristeza travestida em sorrisos casuais/ocasionais/banais, que se vinga em um cigarro picado. Se fizer isso em pouco tempo tudo estará normal estarei.com/dor.

Acordei numa terça-feira nublada em que o frio me arrepia mais do que deveria. Acho que não é apenas mais uma questão climática. Jurei não escrever mais. Não sinto amor e não se pode fingir que sente. Apenas comentarei. Hoje Cazuza.

Gênio indiscutível esse. Não sei porque sua história sempre calou em minha alma. Algumas pessoas são simplesmente mais evoluídas. Seus níveis de percepção, captação de sentidos estão acima das outras pessoas. Logo se perdem na estrada de tijolos dourados ( que não chega em Oz ) que parte do senso comum. Essa estrada leva á overdose, aids, dez mandamentos, pink floyd, nirvana ou outra filosofia oriental comercial qualquer.

Tinham a mente tão sensível e elevada que fizeram o que fizeram. Logo, pagaram . O preço foi pago alto demais por acreditar que só se vive uma vez. Cazuza, Freddie Mercury, Pessoa e outros. Isso tudo para o meu dia nascer feliz.

Acupuntura intelecutal. Nietzsche, Pessoa, Waters, Beethoven, Cobain, Steinbeck. A necrofilia da arte. Shakespeare. Todos agulhas enfiadas ao mesmo tempo. Morri. Estou desmaiado para o mundo fedido que me cerca. Um corpo em estado vegetativo para essa sociedade comercial que me cerca. Um corpo morto no sofá com a televisão ligada enquanto passam os melhores momentos da sua vida.

Um estrangeiro, passageiro de algum trem. Que não passa por aqui, definitivamente não. O frio aperta, mas não tomo chimarrão. Já não sei se é frio ou o meu coração que bate cada vez mais devagar porque estou morto. Prefiro assim, de volta as tendências suicidas que são mais emocionantes. O abandono ao amor em suas várias questionáveis nuances. Mas o amor em si, nunca deixou e nunca deixará de ser uma tendência suicida.

2 comentários:

Jose Pereira 11 de março de 2010 às 23:27  

Plínio, voce me assusta...

Jose Pereira 19 de junho de 2010 às 22:42  

Plínio, muitos de seus textos me lembram a criatividade do autor de On the Road - Pé na Estrada, Charles Bubowsky, acho que é assim que se escreve.
Este bicho por dentro que vai comendo a alma, roendo o coração,que muitos autores, como vc bem citou tinham em comum, de Byron a Pessoa.
Continue a excrever, continue a ler. Vc vai ver que no final vai fazer diferença em sua vida.
Parabéns!!!!!!!

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